É a terceira noite seguida com bombardeios russos em larga escala. A Rússia lançou mais 350 drones. Nove mísseis. Uma parte furou o sistema de defesa e atingiu a Ucrânia. Europa condena ampliação da ofensiva russa contra a Ucrânia
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A Rússia fez este fim de semana um dos bombardeios mais intensos desde o começo da guerra na Ucrânia. O presidente americano Donald Trump chegou a dizer que Vladimir Putin está louco. O governo russo reagiu.
É a terceira noite seguida com bombardeios russos em larga escala. A Rússia lançou mais 350 drones. Nove mísseis. Uma parte furou o sistema de defesa e atingiu a Ucrânia.
Os militares ucranianos afirmam que esse foi o maior ataque com uso de drones desde o começo da guerra.
Já o ministério da Defesa da Rússia disse ter interceptado 96 drones ucranianos — seis deles na região de Moscou.
No plano político, quem anda perdendo a paciência com o avanço dos ofensivas é o presidente americano, Donald Trump — que na campanha tinha prometido acabar com a guerra em 24 horas.
Em uma rede social, ele escreveu:
“Sempre tive um relacionamento muito bom com Vladimir Putin, da Rússia, mas algo aconteceu com ele. Ele ficou absolutamente LOUCO!. Eu sempre disse que ele quer TODA a Ucrânia, não apenas uma parte dela, e talvez isso esteja se mostrando correto, mas se ele conseguir, isso levará à queda da Rússia”, disse Trump.
Nesta segunda-feira (26), o porta-voz do Kremlin respondeu. Dmitri Peskov agradeceu o americano por ter colocado muito esforço no ponta pé inicial das negociações de paz.
“É uma conquista muito importante” — ele disse — “ao mesmo tempo é um momento ligado a uma sobrecarga emocional de todos os lados envolvidos, e reações emocionadas”.
Peskov também afirmou que o Kremlin continua empenhado numa proposta de cessar-fogo — mas que esse documento ainda não tá pronto.
Na Europa, muitos líderes estão aproveitando para dar uma alfinetada em Donald Trump. O presidente da França disse que o americano agora está caindo na real e percebendo que Putin mentiu sobre as intenções de paz. Emmanuel Macron falou que espera que a raiva de Trump “se traduza em ação”.
O chanceler da Alemanha reforçou que os europeus continuam ao lado da Ucrânia, e que não estão mais impondo limite de alcance nas armas doadas ao país.
A Rússia logo rebateu o governo alemão: disse que essa decisão, que favorece os ucranianos, é um movimento perigoso para os europeus.
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