Família de tuiuiús é flagrada por drone em ninho no alto de árvore no Pantanal; veja vídeo


Ninho de tuiuiú é registrado por repórter cinematográfico no Pantanal
Um ninho de tuiuiú construído no alto de uma árvore, às margens da BR-262, entre os municípios de Miranda (MS) e Corumbá (MS), no Mato Grosso do Sul, chamou a atenção do repórter cinematográfico William Silva. Ele registrou imagens do local com um drone, destacando a presença da ave que simboliza o Pantanal. Veja o vídeo acima.
Nas imagens acima, é possível observar os filhotes no ninho, acompanhando o movimento do drone sem demonstrar medo.
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Ainda jovens, eles permanecem no local até que consigam voar com independência. Durante esse período, são acompanhados pelos pais na busca por alimento e nos primeiros voos de treinamento.
Ave símbolo do Pantanal
O tuiuiú (Jabiru mycteria) é a maior ave voadora do Brasil. Com pernas longas, bico comprido, cabeça preta, corpo branco e uma faixa vermelha no pescoço, a espécie é uma cegonha que ocorre desde o sul do México até o norte da Argentina. Aproximadamente 50% da população mundial de tuiuiús está no Brasil, principalmente na planície pantaneira.
Segundo o biólogo e doutor em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), José Milton Longo, os tuiuiús são monogâmicos e costumam manter o mesmo parceiro por toda a vida.
“São monogâmicos. Isso não significa que, se morrerem, não vão ter outros parceiros. Mas o casal fica junto até que a morte os separe”, explica.
O cuidado com os filhotes é compartilhado entre macho e fêmea. Ambos são responsáveis por caçar, alimentar os filhotes e cuidar do ninho. “Machos e fêmeas fazem tudo, o cuidado parental é dividido. Não há uma regra específica para cada um, como ocorre com leões e leoas, por exemplo”, afirma Longo.
Uma característica anatômica da espécie contribui para o processo de alimentação dos filhotes. O tuiuiú possui um papo desenvolvido e um pescoço longo, o que permite armazenar grandes quantidades de alimento durante a busca por presas em áreas alagadas. Ao retornar ao ninho, o adulto regurgita o alimento diretamente na boca dos filhotes.
“O animal faz uma pré-digestão no papo. O animal tem um baita pescoço, que cabe muito peixe. Eles pegam peixes em lagoas, reservam para os filhotes e voltam para o ninho. Os tuiuiús otimizam o espaço como uma maneira de melhor satisfazer a fome dos filhotes”, detalha o biólogo.
Ninho de tuiuiú construído no alto de uma árvore é registrado no Pantanal.
William Silva
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