Mulher trans denuncia agressão e estupro durante encontro marcado em aplicativo
A Polícia Civil do RJ investiga a agressão e estupro contra uma mulher trans, de 20 anos, madrugada do último sábado (27), após marcar um encontro com um homem que conheceu por um aplicativo de relacionamento. O crime teria acontecido na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste do Rio.
De acordo com familiares, Aurora Celeste Santos Silva foi vítima das agressões e do abuso sexual durante o encontro com o suspeito, que seria um empresário.
O caso foi registrado como lesão corporal e estupro na 37ª DP (Ilha), na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.
Segundo relatos da vítima e da família, Aurora foi encontrada por volta das 3h da manhã, desorientada e ensanguentada, jogada no meio da rua na Barra. Uma pessoa que passava a ajudou e a colocou em um ônibus.
📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça
A mulher conseguiu chegar em casa, na Ilha do Governador, e foi levada pela família ao Hospital Evandro Freire, onde passou por exames.
Agressor teria chamado Uber para vítima
Aurora contou à polícia que conversava com o homem há cerca de duas semanas. Na noite de sexta-feira (26), ele a convidou para uma festa em seu apartamento na Barra da Tijuca.
Aurora Celeste Santos Silva tem 20 anos e é uma mulher trans
Reprodução
O agressor, identificado apenas como Bruno, de 56 anos, teria enviado um carro por aplicativo para buscá-la no Jardim Guanabara, na Ilha do Governador.
📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça
Ao chegar ao apartamento, segundo Aurora, o homem tomou o celular da jovem. Após uma relação íntima inicialmente consensual, outros dois homens chegaram ao local.
Foi nesse momento que as agressões começaram. Aurora relatou ter sido espancada, abusada sexualmente e abandonada na rua com ferimentos pelo corpo e um corte profundo na cabeça.
A madrinha da jovem, Mariangela Nassife, afirma que o agressor sabia que Aurora era uma mulher trans e teme que ele possa ter atraído outras vítimas.
“Assim como ele fez isso com a Aurora, pode ter feito com outras meninas trans. Estamos indignados. Isso é transfobia, racismo, tentativa de homicídio. Queremos justiça”, disse.
O caso está sendo acompanhado pelo Programa Estadual Rio Sem LGBTIfobia. Segundo dados do programa, até 26 de junho deste ano foram registrados 218 casos de violência LGBTIfóbica no estado. Em 2023, foram 227 casos; em 2024, 171.