Uma família de Poá busca os restos mortais de uma parente que foi enterrada há três anos no Cemitério da Paz.
Durante uma exumação, os parentes descobriram que o corpo que ocupava a sepultura não era o dela.
✅ Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp
Elisabete Cardozo da Silva Pavanelli sempre visitou o túmulo da mãe no cemitério municipal de Poá.
A idosa morreu em 2022, e após três anos, prazo legal comum no Brasil, a família entrou com o pedido de exumação do corpo. Mas ao chegarem no dia agendado, tiveram uma surpresa.
“Nós estivemos aqui no dia 18, segunda-feira, para fazer a exumação do corpo dela. Chegando aqui eu mesma me deparei com a lápide dela fora do túmulo e eu falei não aqui não é o túmulo da minha mãe e prosseguiram assim mesmo a exumação.”
De acordo com Elisabete, quando a sepultura foi aberta havia o corpo de um homem no lugar sem nenhuma identificação ou registro.
“Eles nem sabem quem são, não sabem a data que ele faleceu, não sabem o nome, uma coisa que eu achei super errada. Como que pode uma administração hoje em dia com uma tecnologia que a gente joga tudo no sistema. Não sabe o dia, o ano e o mês que esse homem faleceu.”
Indignação
Com tantos problemas a família está desolada.
“Senti indignação, uma falta de respeito com o familiar e até com quem tá enterrado ali. Existia uma família, a família vinha até aqui, cuidava do túmulo da mãe. Existia um cuidado no túmulo, a lápide estava lá, os tijolos estavam lá. Tinha flores, a gente trazia e agora não tem mais nada. Não tem nada, nada que identifique que minha mãe estava lá”, desabafa Elisabete.
Mais que um erro administrativo, a família vê nessa situação um desrespeito a memória da mãe e cobra resposta da administração do cemitério.
“Foi fazer um boletim de ocorrência e também estamos atrás da ouvidoria, buscar outros meios, um advogado. Entrar na Justiça mesmo para ser tudo corrigido conforme a lei.”
A Prefeitura de Poá informou que está em contato com a família, prestando apoio. E que as possíveis irregularidades apontadas na denúncia estão sendo apuradas por meio de sindicâncias internas, para identificar responsabilidades, conforme prevê a legislação vigente.
Assista a mais notícias