Familiares de grávida morta após moto bater em buraco na Djalma Batista protestam em evento da prefeitura


Vídeo mostra grávida em moto com marido passando por buraco antes de morrer em Manaus
Familiares e amigos da biomédica Giovana Ribeiro da Silva, grávida de oito meses que morreu em um acidente de moto na Avenida Djalma Batista, em Manaus, protestaram neste domingo (24) durante o evento “Faixa Liberada”, promovido pela Prefeitura, no Centro da capital. Eles cobraram justiça e responsabilizaram a falta de manutenção da via pela morte da jovem e do bebê que ela esperava.
O acidente foi investigado pela Polícia Civil do Amazonas, que concluiu que a causa da colisão foi uma depressão no asfalto sem sinalização. O laudo técnico do Instituto de Criminalística confirmou que o buraco provocou a perda de controle da moto, levando à morte da biomédica e do bebê. O marido, que conduzia o veículo, não teve culpa, segundo o inquérito.
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Durante o protesto, marido de Giovana, João Vitor Jardim Silva, afirmou que a manifestação é uma forma de dar voz à esposa e cobrar justiça.
“Hoje a gente tá aqui tentando levar a voz da Giovanna, da minha esposa que morreu grávida. Isso daqui que o prefeito fez aqui foi apenas uma maquiagem na cidade. Veio aqui, podou umas árvores quando na verdade o problema é bem grave na cidade. Minha esposa morreu por causa de um buraco que só foi tapado no dia do velório”, declarou.
Ele também relatou a dor de enterrar a esposa e a filha. “Você não sabe a dor do que é enterrar dois caixões, um ao lado do outro. Foi o que eu recebi da prefeitura. Dois caixões e uma nota mentirosa falando que prestou solidariedade. Isso não pode ficar assim”, afirmou.
Outro trecho do protesto reforçou o apelo para que as mortes no trânsito não sejam tratadas como números.
“A gente está aqui para que não naturalizem mais essas mortes, para que não seja mais um número, porque é isso que eles querem, que haja o silêncio e essas mortes virem mais um número. Não estou fazendo política e nem palanque, sou um pai de família que enterrou minha mulher e filha no mesmo dia”, declarou João Vitor.
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Conclusão do inquérito
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) concluiu na semana passada o inquérito sobre o caso. O relatório apontou que o acidente foi provocado por uma depressão no asfalto da Djalma Batista, sem qualquer sinalização, e isentou o condutor de responsabilidade.
Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que a moto passou pelo buraco, perdeu o controle e colidiu no canteiro central. Testemunhas também confirmaram a existência do problema na via.
O documento foi enviado à Justiça para análise do Ministério Público.
O acidente
Giovana era biomédica e estava grávida.
Reprodução/Redes Sociais
O acidente aconteceu no dia 22 de junho deste ano, próximo ao Parque dos Bilhares, em uma faixa da Avenida Djalma Batista. O condutor perdeu o controle da moto quando passou por um buraco. Ele e a passageira caíram do veículo. A mulher, que estava grávida, foi arremessada até o canteiro central, onde bateu em uma árvore.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas constatou que a mulher já havia morrido. A equipe ainda tentou salvar o bebê, mas ele também não resistiu. O piloto e marido da vítima, na época, foi levado ao Hospital 28 de Agosto.
Em nota, a Prefeitura de Manaus lamentou a morte de Giovana e prestou solidariedade à família. O município disse que o buraco na Avenida Djalma Batista foi corrigido em 23 de junho e que a manutenção já estava prevista no cronograma viário.
Familiares de grávida morta após moto bater em buraco na Djalma Batista protestam em evento da prefeitura
g1 AM

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