Família de paciente acamada reclama da falta de leite especial na farmácia municipal de Ca
Moradores e familiares de pacientes denunciam a demora na realização de exames e a falta de insumos básicos, como suplemento alimentar e fraldas geriátricas, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.
Uma das reclamações é da filha de um paciente internado há dois meses no Hospital Beneficência Portuguesa, que aguarda a realização de um exame chamado CPRE (Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica) — procedimento que combina endoscopia e raio-X.
“Meu pai está há dois meses esperando para fazer o CPRE e até agora nada foi feito. Ele internou com crise de pedra na vesícula e, de tanta demora, acabou indo para a UTI. A gente não tem nenhuma resposta”, disse Lolayla Martins, filha do paciente.
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Segundo a família, o homem foi internado inicialmente no Hospital Geral de Guarus (HGG) e transferido posteriormente para a Beneficência Portuguesa, onde permanece internado.
Falta de insumos
Outras famílias também relatam dificuldades para conseguir suplemento alimentar e fraldas geriátricas. De acordo com o filho de uma moradora que depende de sonda nasal, o leite utilizado na alimentação da mãe está em falta há três semanas na farmácia municipal.
“Ela usa três latas por semana e esse é o único alimento dela. O leite está em falta e a lata custa R$ 220. Fica impossível manter esse custo”, relatou o homem, que preferiu não se identificar.
Além do suplemento, fraldas geriátricas tamanho extra G também não estão disponíveis.
Em nota ao g1, a Prefeitura de Campos informou que a falta do suplemento alimentar Glucerna ocorreu por atraso na entrega do fornecedor, mas que a situação será normalizada ainda nesta semana.
Sobre as fraldas geriátricas, o município afirmou que aguarda a conclusão do processo licitatório para a compra do insumo.
A Prefeitura ressaltou que o item também pode ser retirado gratuitamente em unidades do Programa Farmácia Popular, mediante apresentação de documento com foto, CPF e receita médica válida.
Em relação ao procedimento médico pendente, o Governo Municipal afirmou que o exame já foi autorizado e que o processo foi enviado à unidade hospitalar para realização.
A nota explica ainda que o CPRE não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município, e o custeio do exame é feito pela prefeitura mediante um fluxo administrativo específico, que foi concluído nesta terça-feira (21).
Por fim, o município destacou que não tem ingerência sobre a administração do Hospital Beneficência Portuguesa e orientou que eventuais esclarecimentos sejam solicitados diretamente à direção da unidade.
Famílias denunciam demora em exame e falta de insumos na rede de saúde de Campos
Divulgação