Mestre Damasceno e os Nativos Marajoara é uma das atrações da segunda edição do festival que celebra música instrumental, saberes amazônicos e impacto cultural no território. Mestre Damasceno
Reprodução
O município de Soure, no arquipélago do Marajó, recebe entre os dias 11 e 13 de julho a segunda edição do Festival Choro Jazz. A programação é gratuita e vai reunir nomes da música brasileira, grupos tradicionais marajoaras e oficinas formativas no Parque de Exposições, no centro da cidade.
A proposta é conectar gerações, ritmos e saberes por meio da música instrumental brasileira e das tradições locais da Amazônia. O line-up completo foi divulgado nesta quinta-feira (3).
Antes dos grandes shows, o festival promove oficinas gratuitas nos dias 8, 9 e 10 de julho, com vagas limitadas e voltadas ao público geral.
Os encontros serão comandados por artistas como Filó Machado, Rogério Caetano, Henrique Cazes, entre outros, com atividades que envolvem desde cavaquinho e canto até carimbó e ritmos amazônicos no contrabaixo.
Programação musical
As apresentações são sempre a partir das 20h30, exceto no domingo, que iniciará às 20h. Na sexta-feira (11), o público vai poder conferir Egberto Gismonti, um dos maiores nomes da música instrumental brasileira, ao lado de Daniel Murray, além de Nilson Chaves e Celso Viáfora, o grupo Choro na Rua, e o tradicional Mestre Damasceno e os Nativos Marajoara.
No sábado (12), sobem ao palco o Grupo Eco Marajoara, a cantora Patrícia Bastos, acompanhada de Renato Braz e Cristovão Bastos, além do “Encontro Norte e Nordeste”, com Celdo Braga, Tâmara Lacerda e Ranier Oliveira, e a banda Tocaia.
Já no domingo (13), encerrando o festival, as atrações incluem o Grupo Os Aruãs, Jane Duboc e Gilson Piranzeta, e um supergrupo formado por Arismar do Espírito Santo, Filó Machado, Gabriel Grossi e Michel Pipoquinha. O guitarrista paraense Manoel Cordeiro também se apresenta no encerramento.
Formação e impacto local
A proposta formativa é um dos pilares do Choro Jazz. Segundo Aline Moraes, diretora da Iracema Cultural e sócia do festival, democratizar o acesso à música instrumental é um compromisso do evento.
“Buscamos garantir que a comunidade local se reconheça, tanto na plateia quanto no palco e nas oficinas. A nossa equipe é majoritariamente marajoara, e a coordenação local é feita por uma mulher do território”, afirma.
Além do aspecto cultural, o festival também movimenta a economia local. Em 2024, cerca de 10 mil pessoas participaram dos dois dias de evento, impulsionando hospedagens, restaurantes, transporte fluvial e feiras de artesanato. Para este ano, a expectativa é repetir e ampliar esse impacto.
“Nosso objetivo é fazer do festival um vetor de valorização cultural e de desenvolvimento local. Soure tem uma beleza única, que merece ser reconhecida para além do turismo convencional”, explica Ivan Capucho, idealizador e curador do festival.
A identidade visual desta edição foi inspirada nas cerâmicas marajoaras e é assinada por Caio Guedes, artista do território.
Oficinas gratuitas – 08, 09 e 10 de julho
Violão de sete cordas no choro – Rogério Caetano
Interpretação no choro – Silvério Pontes
Ritmos nordestinos – Tâmara Lacerda e Ranier Oliveira
Oficina de dança: Carimbó – Percussão
Introdução ao cavaquinho – Henrique Cazes
Ritmos amazônicos no contrabaixo – Wesley Jardim
Canto e improvisação – Filó Machado
Serviço
Festival Choro Jazz – Soure 2025
Parque de Exposições – Terceira Rua, entre Travessas 11 e 12, Bairro Centro, Soure (PA)
Oficinas: 08, 09 e 10 de julho
Shows: 11, 12 e 13 de julho – a partir das 20h30 (domingo, às 20h)
Entrada gratuita
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