No começo da semana, Angela Merkel declarou que sua decisão de abrir as fronteiras da Alemanha a refugiados em 2015 havia fortalecido a AfD, a legenda de extrema direita do país. Pesquisas eleitorais não sustentam a afirmação da ex-primeira-ministra, diz à Folha o diretor do instituto Forsa, Peter Matuschek, que há décadas acompanha a opinião pública alemã.
Há dez anos, diante de uma crise humanitária sem precedentes e centenas de milhares de imigrantes empurrados pela Hungria contra as fronteiras da Áustria e dos países dos Bálcãs, Merkel tomou a decisão histórica marcada pela frase “Wir schaffen das” (“Vamos conseguir”). A Europa vivia o apogeu da crise imigratória, provocada pelas guerras da Líbia e da Síria, derivadas da Primavera Árabe.
Leia mais (09/04/2025 – 04h00)