Intoxicação por metanol: Brasil tem 46 casos confirmados, diz ministério


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O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (17) uma nova atualização sobre os casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.
Até agora, o país soma 133 notificações:
46 confirmações,
e 87 investigações em andamento
Outras 528 ocorrências foram descartadas.
Os casos confirmados estão distribuídos por quatro estados:
São Paulo (38),
Paraná (4)
Pernambuco (3)
e Rio Grande do Sul (1).
Entre os casos ainda sob investigação, a maioria também é de São Paulo, que concentra 44 registros.
Na sequência aparecem Pernambuco (23), Rio de Janeiro (6), Piauí (3), Mato Grosso do Sul (2), Goiás (2), Paraná (2) e Bahia (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Paraíba (1) e Tocantins (1).
O levantamento aponta ainda oito mortes confirmadas em São Paulo e duas em Pernambuco.
Outros 8 óbitos estão sob investigação: 1 na Paraíba, 1 no Paraná, 1 em Mato Grosso do Sul, 3 em Pernambuco e 2 em São Paulo.
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Ministério da Saúde quer reforçar apoio a São Paulo na confirmação de casos de intoxicação por metanol
Tratamento da intoxicação
O Ministério da Saúde e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) divulgaram recentemente orientações para os profissionais de saúde sobre como identificar e tratar casos de intoxicação por metanol.
As recomendações surgem após o aumento de registros de casos ligados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. É esperado que médicos e unidades de saúde:
reconheçam precocemente os sintomas de intoxicação por metanol,
administrem etanol (ou fomepizol) como antídoto o quanto antes,
encaminhem os casos graves para UTI e
notifiquem imediatamente as autoridades de saúde.
LEIA MAIS sobre o tratamento: O que médicos devem saber (e o público também) sobre o tratamento da intoxicação por metanol
Ministério amplia rede de apoio para confirmar casos
Na última segunda, o Ministério da Saúde também anunciou novas medidas para reforçar o apoio ao estado de São Paulo na confirmação dos casos suspeitos de intoxicação por metanol.
“Uma das ações que discutimos é apoiar o estado a fazer mais rapidamente a confirmação ou o descarte dos casos”, disse o ministro Alexandre Padilha. “Discutimos na sala de situação medidas para confirmar mais rapidamente.”
O governo montou uma sala de situação para acompanhar a evolução dos casos e definir estratégias de resposta.
Para agilizar os diagnósticos, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp vai ampliar a capacidade de análises e passa a integrar a rede de laboratórios de referência. A unidade poderá fazer até 190 exames por dia.
A Fiocruz também colocará seu laboratório à disposição dos estados. Com isso, o governo espera montar uma estrutura permanente para análise de casos de intoxicação química, não só durante o surto atual.
O ministro também anunciou a chegada do fomepizol, medicamento importado que bloqueia a ação tóxica do metanol no organismo. O lote virá dos Estados Unidos ainda nesta semana e será distribuído para centros de toxicologia em todo o país.
Cada paciente adulto pode precisar de duas a quatro ampolas do remédio.
Infográfico: o impacto do metanol no corpo humano.
Arte/g1
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