
Israel acusa Hamas de violar cessar-fogo e volta a atacar Gaza
O governo de Israel acusou nesta terça-feira (28) o grupo terrorista Hamas de violar o acordo de cessar-fogo e voltou a atacar alvos na Faixa de Gaza.
O caso enfureceu o governo israelense. Era para ter sido o retorno do corpo de mais um refém, morto nas mãos do grupo terrorista Hamas. Porém, exames determinaram um erro. Os restos mortais eram, sim, de um refém israelense: Ofir Tzarfati. Mas a maior parte dos restos mortais dele já havia sido retirada de Gaza por soldados israelenses em novembro de 2023. Por isso, Ofir não estava na lista dos reféns que ainda estão desaparecidos.
O governo israelense considerou isso uma violação do cessar-fogo – que entrou em vigor em 10 de outubro. O acordo prevê a devolução de todos os reféns sequestrados pelo grupo terrorista Hamas em 7 de outubro de 2023 – vivos e mortos. Mas os restos mortais de 13 dos 28 israelenses ainda não foram entregues.
Com ajuda de maquinário do Egito, o Hamas diz ter intensificado a procura. O governo israelense também contesta essas buscas. Um vídeo gravado por um drone israelense mostra integrantes do Hamas retirando de um prédio um corpo – que teria sido encontrado na segunda-feira (27). Eles enterram o cadáver no terreno ao lado. Depois, uma escavadeira chega para desenterrar o corpo, e os homens simulam a descoberta. A Cruz Vermelha declarou que os funcionários da organização foram chamados para presenciar apenas a remoção do corpo, e que a simulação é inaceitável.
O governo israelense disse também que o Hamas fez disparos contra tropas de Israel. Assim, nesta terça-feira (28) à tarde, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou o que chamou de “ataques poderosos” à Faixa de Gaza. A defesa civil do território, que é controlada pelos terroristas, informou que nove pessoas morreram em bombardeios em Gaza e em Khan Yunis.
Israel acusa Hamas de violar cessar-fogo e ordena novo ataque à Gaza
Jornal Nacional/ Reprodução
O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, afirmou que o cessar-fogo continua valendo e minimizou:
“Isso não quer dizer que não haverá pequenos enfrentamentos aqui ou ali”.
Estes não foram os primeiros enfrentamentos em Gaza. Desde o início do cessar-fogo, um lado tem acusado o outro de violar o acordo. Episódios que põem em risco a proposta de paz apresentada pelos Estados Unidos no final de setembro.
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