Jovens atropeladas no Amapá acusam motorista de racismo: ‘Pensei que ia morrer’


Motorista atropela duas mulheres e foge sem prestar socorro em Macapá
As jovens Dayane Moraes, de 19 anos, e Sthefany Miranda, de 21 anos, afirmam que sofreram racismo da motorista que as atropelou nesta quinta-feira (9), na Avenida José Tupinambá no Centro de Macapá. Segundo elas, o atropelamento foi motivado por uma briga em sala de aula momentos antes. A motorista fugiu sem prestar socorro.
A motorista e as vítimas estudam na mesma faculdade, perto do local do acidente. Imagens de uma câmera segurança mostram o carro entrando na pista contrária e atingindo as vítimas por trás.
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Dayane contou que, no momento do atropelamento, ela e Sthefany estavam a caminho da delegacia para denunciar ofensas racistas feitas pela suspeita.
“Ela sempre passava perto de mim e se escorava, me provocava na sala, me chamava de preta e magrela, tudo começou aí, mas eu nem ligava […] Na hora do acidente eu tomei um susto muito grande, pensei que ia morrer. Quando aconteceu a batida fiquei desorientada, não sabia o que estava acontecendo. Foi uma atitude proposital. Não foi um acidente”, disse Dayane.
Até a última atualização desta matéria, a motorista não havia sido presa. O g1 tentou contato com a defesa dela, mas não teve resposta até a última atualização desta matéria.
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Dayane e Sthefany são colegas de turma
Mariana Ferreira/g1
Dayane afirma que a motorista é amiga da ex-companheira dela, que tem medida protetiva em vigor. As provocações teriam começado após o fim do relacionamento.
Sthefany Miranda também diz que sofreu racismo. Segundo ela, horas antes do atropelamento, as duas brigaram na sala de aula, com troca de xingamentos e agressões físicas.
“Ela praticou racismo contra a minha avó e cuspiu na minha cara. Nesse momento eu sai ‘fora de mim’ e comecei a bater nela, depois de tudo isso tentamos resolver essa situação na secretaria da faculdade, mas ela perseguiu a gente e nos bateu. Eu percebi que ela estava nos perseguindo quando eu olhei para trás e falei: ‘amiga, acho que é ela’. Ela estava na faixa ‘errada’ e atravessou para bater na gente” afirmou Sthefany.
Sthefany disse que recebeu uma ligação com tom de ameaça na noite de quinta-feira. Ela suspeita que tenha sido a motorista.
As duas vítimas tiveram escoriações e fizeram exame de corpo de delito nesta sexta-feira (10). Elas registraram boletins de ocorrência por tentativa de homicídio e racismo.
Vítimas registram boletins de ocorrência
Mariana Ferreira/g1
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