Mãe e filha morrem intoxicadas após comerem bolo de aniversário na Zona Sul de SP; polícia investiga


Bolo de festa
Pixabay
Mãe e filha morreram após comerem um pedaço de bolo de uma festa de aniversário no Ipiranga, Zona Sul de São Paulo. A principal linha de investigação da Polícia Civil é morte suspeita por intoxicação.
Os casos ocorreram nos dias 8 e 9 de junho, mas voltaram à tona após mandados de busca e apreensão realizados na última quarta-feira (8).
Segundo o boletim de ocorrência registrado no 16º Distrito Policial (Vila Clementino), as vítimas são Ana Maria de Jesus, de 52 anos, e Larissa de Jesus Castilho, de 21. O bolo foi levado até a casa da família pelo sobrinho de Ana a pedido de Larissa.
Segundo relatos de familiares, o bolo havia sido encomendado para um aniversário e, ao final da comemoração, pedaços foram distribuídos entre os convidados para levar para casa. A boleira que produziu o doce disse em depoimento que entregou o bolo lacrado e em perfeito estado no dia da festa.
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Como tudo aconteceu:
No dia 7 de junho, familiares participaram de uma festa de aniversário, onde foi servido um bolo encomendado para o evento
Ao final da comemoração, pedaços foram distribuídos para que convidados levassem para casa
No dia 8 de junho, Leonardo entregou um pedaço do bolo para Ana, que estava em casa e não havia comparecido à festa
Ana comeu o bolo à tarde e ligou para Larissa dizendo que estava passando mal e não conseguia ficar em pé. Ela foi levada ao Hospital Heliópolis, onde foi intubada
Prédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no Centro de São Paulo.
Divulgação/SSP
Na noite do dia 8, Larissa e uma prima foram ao hospital e foram informadas que Ana ficaria internada. Com isso, na madrugada do dia 9 voltaram para casa, comeram o bolo, e também começaram a passar mal.
Segundo o boletim de ocorrência, a prima de Larissa relatou que sentiu falta de ar e dor de estômago após comer o bolo, mas Larissa apresentou um quadro muito mais grave: tontura, dificuldade para respirar, vômito e convulsões.
Segundo o boletim de ocorrência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas a morte foi constatada no local.
Já Ana Maria permaneceu internada no Hospital Heliópolis por seis dias. Ela foi transferida para o Hospital São Paulo, onde morreu com quadro de insuficiência respiratória decorrente de intoxicação. A morte foi informada à polícia no dia 29 de julho.
O exame toxicológico da prima foi solicitado.
Durante a perícia, policiais encontraram um pedaço de bolo parcialmente consumido em cima de um móvel no quarto. Não havia sinais de violência. O local foi preservado pela Polícia Militar, e amostras foram recolhidas para análise toxicológica.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
“No último dia 8 de outubro, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de telefones celulares, que foram encaminhados para extração de dados. As informações obtidas ainda são analisadas pelos investigadores.”

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