Semarh inicia monitoramento das mais de 100 nascentes do Piauí
Mais de 100 nascentes localizadas no Piauí passarão por monitoramento que tem como objetivo diagnosticar, conservar e recuperar áreas degradadas ou em risco de degradação no estado. A primeira nascente que passou pela ação é a Galhiota, na cidade de Ribeiro Gonçalves, a cerca de 570 km de Teresina.
A iniciativa faz parte do Plano Estadual de Conservação e Recuperação de Nascentes, da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh). O trabalho é feito em parceria com prefeituras, que ajudam a identificar e catalogar áreas vulneráveis, como aconteceu em Ribeiro Gonçalves.
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“A partir desse levantamento, nossa equipe, junto a especialistas, fará os diagnósticos e os projetos para recuperação. O objetivo é expandir essa ação para outros municípios à medida que avançarmos nos estudos”, explicou Felipe Gomes, diretor de Recursos Hídricos da Semarh.
O biólogo e professor Caio Frederico, especialista em gestão ambiental, explicou ao g1 que as nascentes são locais onde a água da chuva, acumulada no subsolo, emerge na superfície e forma rios ou córregos. Por isso, segundo ele, precisam ser preservadas.
“A partir delas que são formados os rios, rios como o Parnaíba e Poti, que nascem em nascentes no Piauí e Ceará. Elas são super importantes para a formação e manutenção desses rios. Por isso, devemos preservar essas nascentes. Como é uma região de afloramento de água, essas matas [ao redor] não podem ser desmatadas. Não podem ter queimadas, poluição e nem urbanização perto. Ela precisam ficar isoladas”, detalhou o biólogo.
O professor destacou que todas as nascentes devem ser monitoradas, especialmente as que alimentam grandes rios, como o Parnaíba, que nasce na região da Chapada das Mangabeiras, na divisa entre Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia.
Nascentes do Piauí passam por monitoramento da Semarh
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