Maturado em antiga tulha de café: conheça o primeiro queijo brasileiro a ganhar ouro em concurso mundial


Entre Serras e Queijos – 2ª temporada
EPTV
Produzido na Fazenda Atalaia em Amparo (SP), o queijo Tulha se consolidou como um dos principais símbolos da produção artesanal brasileira. Reconhecido pela qualidade e pelo sabor único, ele é maturado por 12 meses na antiga tulha de café da fazenda.
A EPTV Sul de Minas, afiliada da Rede Globo, exibe neste mês de setembro o especial “Entre Serras e Queijos”, sobre a história e as curiosidades da cultura queijeira. A segunda temporada do programa mostra viagens, tradições e premiações que demonstram por que o queijo é paixão nacional.
Assista ao terceiro episódio da 2ª temporada do Programa “Entre Serras e Queijos”
Sem refrigeração, ele mantém um processo tradicional que confere características próprias à massa, como textura quebradiça, cristais de tirosina e notas frutadas. O leite pasteurizado deixa o queijo com identidade única e destaca-se mesmo quando comparado a outros produtos do mercado.
Queijo ‘Tulha’ é maturado em antiga fazenda de café, em Amparo (SP)
EPTV/Reprodução
O reconhecimento nacional e internacional veio com premiações em diversos concursos. Em 2016, o Tulha se tornou o primeiro queijo brasileiro a conquistar medalha de ouro em competição mundial.
“Os concursos foram fundamentais porque você divulga um produto e cria força também. (…) O público hoje, principalmente no Brasil, olha com muito carinho o produto nacional, coisa que não acontecia há um tempo”, disse o produtor, Paulo Rezende.
Desde então, o produto acumula outros prêmios importantes, além de figurar em cardápios de renomados restaurantes, incluindo os comandados pelo chef Alex Atala.
“Foi um marco na nossa vida. Primeiro porque a gente nunca imaginava fazer queijo, muito menos fazer queijo para ir para um concurso, ter a primeira medalha de ouro do Brasil e no maior evento de queijos do mundo. Com toda essa divulgação, as pessoas começaram a vir e a história da fazenda foi mudando”, contou a também produtora e esposa do Paulo, Rosana Rezende.
Em 2016, o Tulha se tornou o primeiro queijo brasileiro a conquistar medalha de ouro em competição mundial
EPTV/Reprodução
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Do café ao queijo
Fazenda Atalaia em Amparo (SP) possui mais de 160 anos
EPTV/Reprodução
A história do queijo está intimamente ligada à trajetória da Fazenda Atalaia, que possui mais de 160 anos. Originalmente voltada para o cultivo de café, a propriedade enfrentou crises econômicas ao longo do século XX, chegando a vender parte da produção de leite para laticínios que acabaram fechando.
Para aproveitar o leite e não desperdiçar o produto, a família iniciou a produção de queijos frescos, que logo conquistaram os moradores da região. “Fazia os queijos, levava para a cidade e vendia. Só que eu não voltava para as casas, então as pessoas me ligavam, pediam para eu voltar”, relembra Rosana.
A antiga tulha de café, construída em barro e madeira, foi adaptada para a maturação dos queijos, aproveitando a estrutura e o ambiente natural da fazenda.
Essa solução permitiu que o produto desenvolvesse um sabor diferenciado, mantendo ao mesmo tempo, a tradição e a história do local, além de ser a inspiração para o nome do queijo: Tulha.
Atualmente, a Fazenda Atalaia produz cerca de 4 mil litros de leite por dia, com vacas holandesas nascidas na própria propriedade, e mantém a tradição artesanal que consagrou o queijo Tulha como referência nacional e internacional.
Queijo ‘Tulha’ é considerado referência nacional e internacional
EPTV/Reprodução
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