Médico é indiciado por morte de paciente que teve infecção após cirurgia plástica


Mulher morre após fazer plástica
Um médico foi indiciado por homicídio culposo pela morte da paciente Ana Paiva de Freitas Lucas, de 48 anos, que morreu de infecção urinária após realizar uma cirurgia estética em Inhumas, Região Metropolitana de Goiás, segundo a Polícia Civil. Ao g1, o delegado Miguel Mota declaou que a investigação aponta que houve negligência médica.
“O marido dela entrou em contato com o médico da cirurgia e relatou a situação, que ela estava com dor. Sem consultar a paciente, sem falar com ela por telefone ou consulta online, o marido relatou os sintomas e o médico prescreveu a medicação”, afirmou.
O g1 tentou entrar em contato com a defesa do médico, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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Ana Paiva morreu no dia 11 de fevereiro de 2025, oito dias após o procedimento cirúrgico estético para colocar prótese nas mamas. No dia 26 de agosto, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão contra o médico, procura de provas que pudessem complementar o caso.
De acordo com o delegado Miguel, o médico receitou os medicamentos mesmo não estando na cidade de Inhumas para avaliar a paciente. Com a receita em mãos, Miguel afirmou que a vítima foi até o hospital particular onde havia realizado a cirurgia e tomou a medicação indicada pelo suspeito.
“Alivou a dor dela e ela voltou para casa. Mas ela estava com uma infecção. Então, a infecção dela foi evoluindo e ela voltou a passar mal”, destacou Miguel.
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Após a vítima passar mal novamente, o marido de Ana chamou uma ambulância para socorrer a esposa, que a levou para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inhumas, mas ela não resistiu, de acordo com o delegado.
Ana Paiva de Freitas Lucas morreu dias após realizar um procedimento estético em Goiás, segundo a polícia
Reprodução/TV Anhanguera
Indiciamento
Segundo Miguel, por não ter solicitado nenhum exame da paciente, o médico foi negligente e isso levou à morte de Ana. Por conta disso, Miguel explicou que indiciou o médico por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público de Goiás na terça-feira (26), segundo o delegado. Ele também afirmou que o suspeito ficou em silêncio durante o depoimento. O médico respondia o processo em liberdade até a última atualização desta reportagem, segundo a polícia.
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