Estudante de medicina leva tapa no rosto dentro de UTI após dar resposta errada
O médico suspeito de agredir uma estudante de medicina de 27 anos negou qualquer situação de agressão e afirmou que o “episódio noticiado não corresponde à realidade”. Ronaldo Messias, de 52 anos, que é professor da estudante, disse por meio da defesa que a situação “foi uma demonstração prática de procedimento médico”.
O caso foi registrado em Gurupi, no sul do estado, e a agressão teria ocorrido dentro do Hospital Regional da cidade, após a estudante dar uma resposta errada ao professor. O médico e a estudante foram levados à Central de Atendimento da Polícia Civil na terça-feira (9), onde foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência por lesão corporal.
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Conforme manifestação da defesa, o médico afirmou que jamais agrediu ou tratou mal qualquer pessoa. Disse que, em todos os anos de atuação na medicina, sempre manteve conduta ética. Explicou ainda que, no momento em que estava com a estudante, realizou a demonstração do procedimento de forma técnica, sem uso de força ou intenção de ofender. Acrescentou que houve apenas um “leve toque com a mão no rosto da aluna”.
Segundo relatado pela jovem e por uma testemunha no boletim de ocorrência, a estudante estava na sala da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital quando o médico chegou e, após um breve diálogo, deu um tapa em seu rosto.
O médico, por sua vez, afirmou em nota que outras pessoas presentes na sala poderão confirmar que não houve violência. A defesa dele informou que solicitou a oitiva das testemunhas e a análise das imagens das câmeras de segurança da unidade para comprovar os fatos.
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Hospital Regional de Gurupi
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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou ter solicitado relatórios oficiais e determinou a abertura imediata de processo administrativo para a apuração dos fatos e as medidas legais cabíveis. A pasta afirmou, em nota, que não compactua com quaisquer atos de violência ou postura que difere do respeito e relacionamento cordial, nas unidades sob sua gestão.
A coordenação do curso de medicina da Universidade de Gurupi (Unirg) informou que serão adotadas medidas administrativas “para rigorosa apuração dos fatos em observância aos princípios da ética, respeito e proteção integral dos estudantes, professores e servidores.”
O Conselho Regional de Medicina do Tocantins afirmou, em nota, que instaurou sindicância para apurar detalhadamente o ocorrido, assegurando o devido processo legal e as providências cabíveis.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
Íntegra da defesa do médico
O médico Dr. Ronaldo, com mais de 14 anos de exercício profissional, vem a público, por meio de sua defesa, esclarecer os fatos recentemente divulgados pela mídia a respeito de suposta agressão a uma estudante de medicina no ambiente hospitalar.
Primeiramente, é importante destacar que o Dr. Ronaldo jamais agrediu ou tratou mal qualquer pessoa, seja em sua vida pessoal ou em sua trajetória profissional. Durante todos esses anos de dedicação à medicina, não há qualquer registro de conduta que desabone sua postura ética, responsável e respeitosa.
O episódio noticiado não corresponde à realidade. Em momento algum houve agressão. O que de fato ocorreu foi uma demonstração prática de procedimento médico, ocasião em que, de maneira técnica e sem qualquer força ou intenção de ofender, houve apenas um leve toque com a mão no rosto da aluna.
É relevante frisar que havia diversas pessoas presentes no local, que testemunharam a cena e poderão confirmar que não houve violência. A defesa já requereu a oitiva dessas testemunhas, bem como a análise das imagens das câmeras de segurança da unidade, as quais comprovarão que o fato não ocorreu da forma como foi noticiado.
O Dr. Ronaldo está absolutamente tranquilo quanto à sua conduta e à sua índole, aguardando serenamente que este mal-entendido seja esclarecido, reafirmando seu compromisso com a medicina, com seus pacientes e com a verdade.
Rayfran Vieira – Advogado
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