Todo luto carrega em si uma ambivalência pungente: na ausência concreta de quem amamos, carregamos a presença da dor de lembrar e a angústia de esquecer. Dói lembrar como as segundas-feiras eram acolhedoras começando a semana com jantar e colo de mãe; os conselhos da amiga querida, que davam contorno à nossa vida errante; o cafuné do amor que, com a ponta dos dedos, apaziguava os milhões de pensamentos que hoje, sem ele e sem cafuné, invadem nossas noites.
Leia mais (10/29/2025 – 10h25)