Não vou contar uma história de Bento Carneiro, o vampiro brasileiro, mas também não se trata de um engana-leitor. É tudo verdade. Foram à minha casa, colheram meu sangue e sumiram com a amostra. Meus leucócitos, minhas belas plaquetas e minhas hemácias vagueiam por aí desesperadas, aflitas, possivelmente já desidratadas.
A modernidade e os cortes de custos criaram, nas grandes cidades, um serviço que você pede e o povo vem de maleta e jaleco retirar tubetes de sangue para serem examinados. De fato, é uma comodidade para gente como eu, que passa perrengue para sair à rua. Pessoas mais velhas também ficam menos expostas a filas, exigências burocráticas e deslocamentos.
Mas essa facilidade toda também significa menos gastos para laboratórios que enxugam estruturas e pessoal. O que ninguém conta é que embora haja “rigorosíssimos” processos de controle das coletas, amplia-se a chance de sua anemia, sua diabetes, suas infecções irem passear soltas no Brás, na av. Paulista, no Largo da Batata e até na Consolação.
Leia mais (10/21/2025 – 15h54)