Moradores denunciam suposto ‘cemitério de animais’ em Santa Rita do Sapucaí
Um terreno no bairro Portal da Serra, em Santa Rita do Sapucaí (MG), virou alvo de denúncias de maus-tratos e abandono de animais. Moradores afirmam que o local se transformou em um “cemitério de animais”, onde bichos doentes e mortos são deixados há anos. A Polícia Militar de Meio Ambiente e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) investigam o caso.
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Nesta semana, um cavalo foi encontrado agonizando e morreu no terreno. O vídeo gravado pelo músico Lucas Julidori, que mora nas proximidades, circulou nas redes sociais e gerou grande repercussão. Segundo ele, há cerca de dez anos a área é usada para descarte de animais.
“Criou-se a cultura de largar os animais aqui para morrerem. É triste, porque há carcaças, restos mortais e bichos debilitados. A palavra ‘cemitério’ é até suave perto do que acontece aqui”, disse o morador.
Moradores denunciam suposto ‘cemitério de animais’ em Santa Rita do Sapucaí; caso é investigado
Reprodução EPTV
Imagens feitas por moradores mostram carcaças e restos mortais espalhados pelo terreno. Após a divulgação do vídeo, agentes da Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí estiveram no local e enterraram o cavalo. O músico afirma que a situação tem causado incômodo e risco sanitário ao bairro.
A presidente do Conselho de Proteção Animal, Izabelle Carli, classificou o caso como grave.
“Animais não são objetos que se descartam quando envelhecem ou adoecem. E é isso que estava acontecendo ali”, disse.
Um boletim de ocorrência foi registrado, e o caso foi encaminhado ao IMA. O tenente João Otávio Melo Miranda, da Polícia Militar de Meio Ambiente, explicou que as penas variam conforme o tipo de animal.
Moradores denunciam suposto ‘cemitério de animais’ em Santa Rita do Sapucaí; caso é investigado
Reprodução EPTV
“Se for comprovado maus-tratos contra cavalos ou vacas, a pena é de até um ano de detenção e multa. Para cães e gatos, a reclusão vai de dois a cinco anos”, afirmou.
O secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Marcos Antônio Barros, disse que o problema é recente e que a prefeitura busca uma solução junto aos donos de terrenos vizinhos. Ele afirmou que muitos animais têm proprietários e que é preciso apoio da população para identificar casos de negligência.
Em nota, os proprietários do terreno negaram ser responsáveis pelos animais e alegaram que o espaço tem sido invadido e usado indevidamente por terceiros. Eles informaram que estão em contato com a prefeitura e autoridades para promover a retirada segura dos animais e resolver a situação “de forma responsável e dentro da legalidade”.
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