Morre Ademir Barros, figura importante no movimento negro de Sorocaba


Morre Ademir Barros, figura importante no movimento negro de Sorocaba
Reprodução/Redes Sociais
Ademir Barros dos Santos, mestre em Educação e figura importante no movimento negro de Sorocaba (SP), morreu nesta quinta-feira (2), aos 77 anos, vítima de um problema no rim. A informação foi confirmada ao g1 pela família dele. Ele deixa três filhos.
Segundo a família, Ademir buscou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após reclamar de dores, sendo transferido para o Hospital Regional. Por lá, ele teria esperado por horas em um corredor.
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Ademir era pesquisador e formado em administração e ciências contábeis, além de ser mestre em educação pela Universidade Federal de São Carlos (UfsCar) e autor do livro África: Nossa História, Nossa Gente. A obra foi uma das vencedoras do concurso nacional Ideias Criativas, promovido pela Fundação Cultural Palmares, em 2014.
Dos 238 projetos inscritos, foram selecionados 38. Santos concorreu pela União Negra Ituana (Unei), instituição sediada em Itu que há mais de 20 anos trabalha com projetos educativos voltados à questão do negro na sociedade brasileira.
Ademir também foi coordenador da Câmara de Preservação Cultural do Núcleo de Cultura Afro-Brasileira (Nucab) da Universidade de Sorocaba (Uniso). Em 2018, recebeu o prêmio “Nelson Mandela de Ensino de História e Relações Étnico-Raciais” pela Câmara de Sorocaba.
Segundo a Câmara de Sorocaba (SP), ele era paulistano, nascido no dia 12 de maio de 1948 no Bairro do Bexiga, habitado por italianos e negros que viviam em cortiços, nos quais também morou.
Ao passar a presenciar o ativismo negro em Sorocaba, Ademir foi o primeiro presidente do Conselho Municipal Negro de Sorocaba, em 2006.
O velório de Ademir está previsto para a madrugada desta sexta-feira (3), com o sepultamento no Cemitério Memorial Park, às 11h.
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