Polícia Civil desarticula rede criminosa de exploração sexual no interior de São Paulo
Reprodução/TV TEM
O Ministério Público (MP) denunciou quatro pessoas suspeitas de cometer cárcere privado, exploração sexual e tráfico de drogas em uma boate de Auriflama (SP).
O inquérito foi concluído pela Polícia Civil, que relatou o caso à Justiça.
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Conforme o MP, houve sequestro ou cárcere privado, favorecimento à prostituição ou exploração sexual, tráfico de drogas e organização criminosa.
Os denunciados são dois homens que estão em prisão preventiva e uma mulher em prisão domiciliar.
Um terceiro suspeito está foragido, mas também foi denunciado. A Justiça acatou a denuncia do MP e o processo corre em segredo.
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Investigações
As investigações começaram em março deste ano, após uma mulher morrer em uma boate de Auriflama. O caso, inicialmente tratado como suicídio, passou a ser investigado como homicídio ou indução ao suicídio.
Durante as apurações, a polícia identificou que as vítimas em situação de vulnerabilidade eram atraídas para trabalhar nas boates e depois privadas de sair de dentro dos locais, além de ficarem sem alimento, água e acesso à comunicação.
As mulheres também eram forçadas a consumir drogas vendidas pelos administradores das boates e contraíam dívidas. Algumas relataram à polícia que foram estupradas, sob ameaças ou como forma de “quitação” de dívidas. A mais velha entre as jovens tem 25 anos. Há indícios de envolvimento de menores de idade no esquema.
À época, a delegada responsável pela investigação, Caroline Baltes, informou que os portões das boates eram trancados e, quando tentavam sair, pulando o muro para comprar alimentos, as mulheres eram perseguidas e agredidas.
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Conforme a delegada, a maioria das vítimas conseguiu fugir e escapar, quando fez a denúncia. “Elas estavam bem magras, com condições físicas bem precárias. Algumas falaram que não tinham condições e ainda têm dívidas com eles”, completa a delegada.
No total, 36 policiais participaram do trabalho e identificaram ao menos três boates que operavam de forma criminosa. Nos locais, foram apreendidas drogas, armas, celulares e cadernos de contabilidade. Os estabelecimentos foram fechados e lacrados por determinação judicial.
Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Auriflama, Catanduva, Pereira Barreto (SP) e Aparecida do Taboado (MS). Quatro pessoas foram presas, sendo duas em flagrante.
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