Mulher é mantida presa por 8 dias por ‘equívoco’ mesmo com ordem de soltura da Justiça no RS


Mulher foi mantida presa em Júlio de Castilhos por 8 dias mesmo com ordem de soltura; ela é mãe de uma criança de um ano
Arquivo pessoal/Gustavo Locateli
Uma mulher foi mantida presa por oito dias no RS mesmo após a Justiça do estado determinar sua soltura. A mulher de 43 anos, que pede para não ser identificada, ficou presa preventivamente no Presídio Regional de Santa Maria entre 23 de setembro e 2 de outubro por suspeita de tráfico de drogas, apesar de uma ordem de soltura ter sido emitida em 25 de setembro.
De acordo com documento obtido pelo g1, a Polícia Penal do RS, órgão do governo que é responsável pelas casas prisionais do estado, admite à Justiça “equívoco no nosso protocolo de recebimento e processamento da decisão, o que culminou com o cumprimento em atraso da decisão judicial”.
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Procurado pelo g1, o órgão afirma que o caso está sendo apurado pela Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário. Já o Tribunal de Justiça do RS não respondeu até a última atualização da reportagem.
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De acordo com o advogado da mulher, ela é mãe de um jovem de 20 anos e de uma criança de um ano. Ela teria sido detida pela Brigada Militar (BM) em Júlio de Castilhos, na Região Central do RS, ao receber pelos correios uma encomenda com maconha. A mulher foi transferida para a Penitenciária de Santa Maria porque no Presídio de Júlio de Castilhos não há ala feminina.
Ainda segundo a defesa da mulher, o filho de 20 anos dela teria confessado à polícia no mesmo dia que a encomenda seria para ele e que a mãe não sabia do conteúdo do pacote. Dois dias depois, a Justiça determinou sua soltura, com uso de tornozeleira eletrônica, o que só foi cumprido pela penitenciária oito dias depois.
No mesmo documento obtido pelo g1, a Polícia Penal afirma que “por força de tal evento, estamos revisando os procedimentos adotados, com reuniões de alinhamento e reforço de protocolos como forma de evitar equívocos similares, como também possibilitar correções mais céleres”.
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