Nós contra eles? Para além disso: nós por nós

Quando levanto e saio para o mundo, mantenho o costume de olhar atenciosamente para o meu bairro. Por dentro e por fora. Sinto como se o espaço e o tempo nunca tivessem se entendido aqui. Oscilam entre as casas que levaram décadas para instalar portões a trancafiar espiadas curiosas -também de dentro e de fora- e as pessoas cujo apertado cômodo nunca ganhou outro aposento para ventilar o cansaço dos dias de quem trabalha e, de fato, constrói a materialidade da vida e das histórias não contadas. Um pessoal que não pode reclamar do pouco que tem, senão já é visto como perigoso. Ingrato e perigoso esse pessoal.
Leia mais (07/07/2025 – 11h49)

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