Adolescente de Ribeirão Preto, SP, morre após passar mal em acampamento de formatura em Sapucaí-Mirim, MG
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As causas da morte do adolescente Eduardo Fukumasu Dias, de 15 anos, ainda são uma incógnita. Ele morreu em 15 de setembro, cinco dias após passar mal em um acampamento em Sapucaí-Mirim (MG) durante uma viagem de formatura.
Abaixo, veja perguntas e respostas selecionadas pelo g1 sobre o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre o caso:
O que o jovem sentiu?
Como foi a tentativa de socorro?
Qual foi a causa da morte?
Como o caso é investigado?
O que dizem escola, acampamento e hospitais?
Quem era o adolescente?
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O que o jovem sentiu?
Logo no primeiro dia do acampamento, Eduardo começou a apresentar sintomas como mal-estar, ânsia de vômito, dores de cabeça e desorientação. Segundo a escola, ele não quis retornar a Ribeirão Preto (SP) e pediu para permanecer no acampamento.
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Como foi a tentativa de socorro?
O adolescente chegou a ser levado a um hospital em São Bento do Sapucaí, cidade vizinha a Sapucaí-Mirim.
Ele foi medicado com soro, mas, como não apresentou melhoras, a mãe dirigiu até São Bento do Sapucaí para buscá-lo e levá-lo a Ribeirão Preto no sábado (13). Em Ribeirão, Eduardo foi internado em um hospital particular já em estado grave.
Apesar dos esforços da equipe médica, ele não resistiu e morreu na segunda-feira (15).
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Qual foi a causa da morte?
Um laudo médico ao qual o g1 teve acesso apontou que o adolescente teve coagulação intravascular disseminada (que é quando excessos de coágulos esgotam os meios de coagulação do sangue, podendo levar a sangramentos em vários locais). Outros exames ainda devem esclarecer o que levou ao quadro.
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Como o caso é investigado?
A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso foi registrado como morte suspeita pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Ribeirão Preto e é investigado pelo 4º Distrito Policial.
Também foi solicitado exame pericial ao Instituto Médico Legal (IML), de acordo com a SSP.
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O que dizem escola, acampamento e hospitais?
Em nota, a escola informou que o adolescente vivia a expectativa da viagem.
“Assim como a maioria dos alunos do 9º ano, Eduardo vivia a expectativa da “viagem de formatura”. Porém, já no primeiro dia, não se sentiu bem. Queixou-se de mal-estar, enjoo e dificuldade para se alimentar”.
O acampamento informou que o adolescente chegou ao local no dia 10 de setembro e teria retorno previsto para o dia 14.
“Durante sua estadia, Eduardo apresentou mal-estar e recebeu todos os atendimentos médicos necessários, incluindo encaminhamento ao hospital local para avaliação. Em todas as situações, sua responsável legal foi comunicada e acompanhou as orientações da equipe. O acampamento esclarece também que Eduardo não apresentou queixas ou sinais de picada, e que os alimentos oferecidos a ele foram os mesmos disponibilizados aos demais 654 jovens presentes no acampamento. Não foram registrados outros casos de mal-estar.”
Já o hospital de Ribeirão Preto disse que em conformidade com as diretrizes legais e em respeito ao sigilo médico e à privacidade dos pacientes e familiares, não se posiciona em casos individuais de atendimento ou ocorrência médica.
O g1 também entrou em contato com o hospital em São Bento do Sapucaí, que foi o primeiro local para onde o adolescente foi encaminhado, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Eduardo é lembrado pela família como um menino amoroso e muito alegre
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Quem era o adolescente?
Um adolescente cheio de sonhos, ótimo aluno e gentil com os amigos. Assim que as pessoas mais próximas se referem a Eduardo.
O adolescente era conhecido por ser um aluno dedicado, respeitoso e participativo. A escola ressaltou que ele se destacava tanto no desempenho acadêmico quanto no envolvimento em atividades extracurriculares, em especial o teatro, uma das grandes paixões do adolescente.
“Sempre foi um ótimo aluno, carinhoso com os colegas, respeitoso com os professores e bastante participativo em sala de aula e fora dela. O teatro, por exemplo, era uma de suas paixões e foi importantíssimo para ajudá-lo a superar um momento bastante difícil de sua vida.”
Há três anos, o adolescente perdeu o pai. Desde então, segundo parentes, tornou-se o principal companheiro da mãe. A tia Alessandra Lojú contou que Eduardo era um menino tranquilo e reservado, muito ligado à família.
“Era um menino muito tranquilo, educado, quieto. Não tinha envolvimento com bebida, drogas ou baladas. Ele era muito comportado, estava sempre ao lado da mãe e da avó. Foi um filho único muito amado. No velório, a fila de amigos para se despedir dobrava o quarteirão.”
Nas redes sociais da mãe, grande parte das publicações é ao lado do filho. Eles apareciam juntos em viagens, passeios e momentos simples do dia a dia.
O corpo de Eduardo foi velado em Ribeirão Preto na terça (16) e sepultado em São Paulo na quarta-feira (17).
Eduardo Fukumasu completou 15 anos em julho deste ano; a mãe fez uma homenagem ao filho nas redes sociais
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*Sob supervisão de Helio Carvalho
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