Uma operação realizada nesta terça-feira (2) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro e pela 55ª DP (Queimados) tem como alvo integrantes de uma milícia que atua na Baixada Fluminense. Entre os investigados estão um policial civil e um ex-servidor da prefeitura de Queimados.
Segundo os investigadores, o policial é suspeito de fornecer armas para o grupo criminoso. Já o ex-servidor, que atuava no Conselho Tutelar, teria usado um carro oficial do órgão para transportar milicianos. Atualmente, ele não faz mais parte do quadro da prefeitura.
A operação é resultado da análise de celulares apreendidos após uma prisão em flagrante realizada em agosto do ano passado. Na ocasião, milicianos foram detidos com um carro roubado, armas de fogo e roupas semelhantes às utilizadas por agentes da Polícia Civil.
De acordo com o promotor Eduardo Pinho, do Gaeco, as mensagens encontradas nos celulares permitiram identificar outros integrantes da organização criminosa, o que levou ao cumprimento de cinco mandados de prisão nesta terça. Três pessoas foram presas e duas estão foragidas.
O homem apontado como chefe da milícia, João Carlos Lustosa da Silva, já está preso em Gericinó, de onde, segundo as investigações, continuava comandando as ações do grupo.