Operação retira invasores da Floresta Nacional do Bom Futuro em RO


Operação retira invasores da Flona Bom Futuro, em 2019
Governo Federal
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou nesta quarta-feira (24) uma operação para retirar invasores da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Porto Velho. A desocupação atende a uma decisão judicial expedida em maio, que deu prazo de 15 dias para a saída voluntária dos ocupantes.
🔎 A Floresta Nacional do Bom Futuro foi criada nos anos 1980 com 280 mil hectares e, após redelimitação em 2010, passou a ter quase 98 mil hectares. Segundo o ICMBio, parte da redução e cerca de 15 mil hectares atuais estão degradados por ocupações ilegais. A área é considerada prioritária pelo governo para concessões em parceria público-privada voltadas à conservação.
De acordo com o ICMBio, a invasão começou em 2024, com cerca de 150 famílias. Um levantamento feito em junho deste ano, encontrou 54 pessoas vivendo em 37 construções precárias, sem características de moradia permanente. Há ainda denúncias de venda de lotes e cobrança por georreferenciamento dentro da área protegida.
Segundo o órgão, antes da ação, foram feitas várias tentativas de solução pacífica. O Ministério Público Federal (MPF) se reuniu com representantes dos invasores em maio e deixou claro que não seria possível permanecer na área.
Em dezembro de 2024, uma reunião no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) discutiu alternativas, como acesso a crédito fundiário para compra de terras em outros locais. Já em setembro, uma audiência pública na Justiça Federal apresentou o plano de desocupação, os prazos e a possibilidade de operação policial em caso de descumprimento.
De acordo com o ICMBio, o trabalho faz parte de um plano interinstitucional exigido pela Justiça Federal, que prevê também medidas de apoio social para as famílias.
Após a retirada, o órgão informou que vai instalar uma base permanente de fiscalização na Floresta Nacional do Bom Futuro para evitar novas invasões. A área, que teve 15 mil hectares degradados por ocupações irregulares, deve ser recuperada em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
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