Líderes da oposição ouvidos pelo blog avaliam que a divulgação da pesquisa Quaest mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu “sair das cordas” com o resultado de aprovação ao governo, que recuperou e voltou a empatar com a desaprovação.
Há o reconhecimento até entre o núcleo mais próximo da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de que os erros da oposição foram fundamentais para que o presidente Lula ganhasse musculatura e voltar a ser competitivo para a reeleição em 2026.
Até o primeiro semestre, a percepção era que Lula estava em uma situação extremamente difícil com crise do PIX, inflação de alimentos e o escândalo do INSS.
Aprovação ao governo Lula volta a empatar com desaprovação após 9 meses, diz Quaest
No Palácio do Planalto, a percepção é que a virada começou quando o governo começou discurso de “ricos contra pobres” depois da derrota que sofreu com a derrubada do decreto do IOF.
A própria oposição, contudo, reconhece que os principais erros que levaram ao Lula à recuperação foram com o tarifaço do governo do presidente norte-americano, Donald Trump, e as sanções aplicadas às autoridades brasileiras.
Isso acabou dando discurso político a Lula de defesa da soberania, de unidade na sociedade em defesa da economia e, mais recentemente, o início do diálogo com Trump na sede da Organização das Nações Unidas ONU — já que a pesquisa não pegou o alcance da conversa telefônica.
A aprovação da isenção do Imposto de Renda (IR) também é um fator que ajuda nessa recuperação gradual da aprovação do governo.
Líderes do Centrão também avaliam que os erros da família Bolsonaro também impulsionaram Lula, e que o cenário de 2026 volta a ser mais difícil para a oposição principalmente com a direita fragmentada.