Pastel de ovo é reconhecido como patrimônio cultural de Marília; conheça outros pratos tradicionais do interior de SP


Pastel de ovo é reconhecido como patrimônio cultural em Marília
Em formato arredondado e criado em 1970, o pastel de ovo foi reconhecido como parte do patrimônio cultural de Marília pelo Conselho Municipal de Turismo (Comtur).
🍳 A certificação, que abrangeu outros pratos típicos da cidade, foi publicada no Diário Oficial no dia 17 de setembro com base em um levantamento da origem dos pratos, das receitas originais, registros históricos, entrevistas e documentos oficiais.
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O pastel foi criado na Pastelaria Hirata, fundada em 1945, e chamou a atenção dos clientes pelo seu formato diferenciado. Apesar do nome, o prato é também composto de carne bovina moída e azeitona.
Pastel de ovo é reconhecido como patrimônio cultural de Marília
Instagram/TV TEM/reprodução
Além disso, é possível acompanhar o preparo da iguaria e verificar as técnicas utilizadas para a elaboração do pastel, com o uso de pratos de vidro como moldes para que o ovo cru não derrame quando colocado sobre a massa.
“É uma honra para nós proporcionar um produto que agora está atravessando gerações”, relata a gerente da pastelaria Rita de Oliveira.
Conforme a Comissão, a iniciativa busca valorizar a memória cultural e afetiva do município. Dentre os outros pratos que também foram reconhecidos, estão: Sanduíche Chinelão da Madrugada, Lanche Socialista e o Filé ao Molho de Café Marília (confira nas fotos abaixo).
Pratos Sanduíche Chinelão da Madrugada, Lanche Socialista e o Filé ao Molho de Café Marília
Divulgação
😋 Molho Verde de Presidente Prudente
Além do vinagrete e um caldo de cana-de-açúcar, um ótimo acompanhamento para o pastel é o tradicional molho verde gelado.
A receita, adaptada com base de ovo ou óleo, ainda não tem uma data específica de quando se tornou tão conhecida, mas dois comércios da região produzem o molho artesanalmente há mais de 20 anos em Presidente Prudente.
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Comerciantes compartilham popularidade de molho verde em Presidente Prudente (SP)
David Jean/Arquivo pessoal
Segundo o empresário David Jean Braga Castro, em entrevista ao g1, o molho verde sempre fez parte da história do comércio da família, que existe desde 1981, quando um amigo do pai deu o trailer à família como forma de pagamento de uma dívida. Agora, a lanchonete na Vila Euclides produz aproximadamente 10 litros de molho verde por dia.
“Começamos a utilizar o molho verde em 2000, pois, até então, existiam os molhos tradicionais, ketchup, mostarda e maionese. Mas meu pai viu um churrasco de família, que colocou uns temperos numa maionese e aí foi aonde, voltando para Prudente, começamos a fazer esse molho verde”, lembrou.
🥪Sanduíche Bauru de Bauru
Feito com pão francês sem miolo, queijo mussarela derretido na água, rosbife, tomate e picles, o Sanduíche bauru também é considerado um patrimônio cultural imaterial da cidade pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Bauru (Codepac)
Sanduíche bauru é patrimônio cultural do estado de SP
Ponto Chic/Divulgação
O sanduíche bauru já é considerado patrimônio cultural imaterial do estado de São Paulo desde 2018, mas a decisão de incluí-lo também como patrimônio de Bauru foi publicada no Diário Oficial da cidade em 2024.
Embora o lanche tenha o nome da maior cidade do centro-oeste paulista, sua história não começou em Bauru (SP), mas, sim, com um bauruense em São Paulo (SP).
Foi na década de 1930 que o radialista Casemiro Pinto Neto, conhecido pelos amigos como Bauru, pediu o lanche pela primeira vez no famoso Ponto Chic, em São Paulo. Na época, ele cursava a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo de São Francisco (confira a história completa na reportagem abaixo).
Com isso, o sanduíche foi registrado na categoria Modo de Fazer do Livro de Registro de Saberes, que documenta práticas culturais tradicionais.
Conheça a história do “Sanduíche Bauru” criado por Casimiro Neto em 1938
*Sob a supervisão de Mariana Bonora.
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