Segundo denúncias, a vítima era forçada a fazer trabalhos domésticos e estava em estado de desnutrição severa, além de ser alvo de violência emocional. ‘Pastores’ presos no Pará.
Reprodução / Polícia Civil do Pará
Um homem e uma mulher que se autodenominam “pastores” foram presos nesta sexta-feira (4), em Belém, suspeitos de manter uma mulher em cárcere privado e sob alienação emocional. A vítima morreu por desnutrição severa.
Segundo a Polícia Civil (PC), os agentes receberam uma denúncia das condições em que a vítima estava enquanto morava com o casal, onde, de acordo com o relato, era forçada a fazer trabalhos domésticos e estava em estado de desnutrição.
Após a denúncia, policiais foram até a casa. Do portão, chamaram pela vítima, que apareceu “visivelmente debilitada e com aspecto físico extremamente magro, negou os fatos e alegou manter uma relação de amizade com o casal e de ser vítima de intolerância religiosa por parte de sua família”, detalhou o registro de ocorrência da PC.
A mulher disse aos policiais que estava em trabalho remoto e se recusou a acompanhar os policiais à delegacia.
A investigação foi instaurada no dia 15 de maio e, de acordo com a polícia, uma inspeção no cômodo onde a mulher ficava encontrou condições precárias de moradia, além de indícios de possível alienação emocional.
Os agentes revelaram que depoimentos de familiares da vítima confirmaram a situação de violência psicológica.
Mais de um mês após o início das investigações, a PC recebeu a informação de que a vítima morreu no dia 19 de junho, vítima de desnutrição grave, como apontou o laudo médico.
Segundo informações do boletim de atendimento hospitalar, a vítima foi levada ao Pronto Socorro do Guamá pelo casal investigado, que se apresentou no local como “vizinhos” e deixou a mulher sem qualquer documentação.
A polícia informou que, após a morte, a dupla fugiu do local ao serem informados pela assistente social da necessidade de registro de ocorrência, por conta da suspeita de morte decorrente de maus-tratos, apontada pela médica responsável pelo atendimento.
Diante do caso, foram o casal foi preso preventivamente. A PC ainda realizou busca e apreensão contra os investigados.
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