O motor de “Dois Perdidos numa Noite Suja” reside na exploração da exclusão social. As figuras de Tonho e Paco, muito próximas do arquétipo do pícaro, são corpos tensionados pela solidão e pela luta diária pela sobrevivência. Seus diálogos, essenciais e ritmados, expõem sem mediações o racismo, a homofobia e a misoginia naturalizados em uma margem social cujo único horizonte é a persistência no dia seguinte.
Leia mais (10/14/2025 – 11h00)