‘Personal friend’: amizade momentânea paga ganha espaço no DF


Panfleto do serviço Conforto Amigo de “personal friend”.
Redes sociais/Reprodução
Ida a um café, caminhada no parque, karaokê: programas comuns entre amigos são parte do serviço de “personal friend” que ganha espaço no Distrito Federal.
A ideia, segundo a “personal friend” Cleise Souza Ferreira, de 46 anos, é oferecer uma companhia para eventos sociais e passeios em locais públicos.
“Se a pessoa quer ir a um evento social e não tem ninguém, algum casamento e não tem ninguém. É um amigo de aluguel. […] É uma amizade momentânea que estamos fazendo com muita empatia. Às vezes as pessoas estão cercadas de gente e se sentem sozinhas”, diz a “personal friend”.
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📌 Cleise Ferreira, que também é cuidadora de idosos e tem uma empresa na área, afirma que a cobrança para o serviço da Conforto Amigo é feita por hora: R$ 50 na primeira e, depois, para cada hora adicionada, o custo é de R$ 25.
Mas há a possibilidade de fechar pacotes para eventos. Se houver uma duração de 5 horas, o preço chega a R$ 250. Ela oferece 30 minutos de chamada de vídeo online gratuita antes da marcação dos encontros.
🔎 No entanto, Cleise alerta que o serviço não é um tratamento médico e não substitui apoio psicológico e/ou psiquiátrico.
“Não vamos para o lado do apoio emocional, não é um tratamento de saúde, é uma companhia para amizade. A pessoa vai falar porque contratou o serviço, que não se sente bem e ela tem toda liberdade, mas não vamos dar direcionamento como se fosse psicóloga, vamos ouvir”, afirma Cleise.
O serviço de ‘”personal friend”, que é uma extensão da sua empresa, começou em agosto e, até o momento, foram 10 atendimentos, com clientes de 18 a 89 anos. Além de Cleise, outra colega da empresa também presta o serviço.
Amigo de aluguel faz roteiro de turismo personalizado
Espantando a solidão
Quando entrou no órgão público no início de 2025, um servidor, de 34 anos, que preferiu não se identificar, disse que já havia “panelinhas” e amizades formadas e acabou não sendo inserido nos grupos.
Após 7 meses morando em Brasília, ao passar pelo Pontão e ver restaurantes lotados, ele afirmou que a vontade de frequentar o espaço o fez contratar o serviço.
“Sinto que as pessoas aqui são de mais difícil acesso e não são abertas a novas relações. Eu decidi experimentar o serviço”, afirmou.
Após o atendimento, o servidor contou que se sentiu mais relaxado para desenvolver novas relações e que houve um “destravamento” da timidez.
“O mais importante foi que eu percebi que tenho possibilidades. Algumas situações de algumas noites de sexta-feira eu senti uma solidão muito forte e severa aqui em Brasília”, diz.
E ele pretende contratar o serviço em outras oportunidades: para assistir peças de teatro, ir a shows.
Quem repetiu o encontro foi Thaynara Ferreira da Costa, de 29 anos, que saiu com Cleise para um restaurante no Pontão na sexta-feira (26) (veja foto abaixo).
A “personal friend” Cleise e sua cliente Thaynara Ferreira em encontro no Pontão.
Redes sociais/Reprodução
Durante o encontro, a jovem afirmou que o serviço é acessível e a ajudou muito (veja vídeo abaixo).
Thaynara Ferreira da Costa conta como foi contratar uma “personal friend”.
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