Piloto de aeronave que transportava Cícero Lucena mostra local do pouso de emergência
Em vídeo divulgado neste domingo (28), o piloto da aeronave que transportava Cícero Lucena (sem partido), neste sábado, mostrou o local onde foi realizado o pouso de emergência, na zona rural do município de Alagoa Grande, no Brejo paraibano.
O piloto Carlos Duarte explica que, quando escolheu o local do pouso, estava a 3.500 pés e, para definir toda a escolha, teve apenas dois minutos. (Veja vídeo acima)
Ao JPB1, por meio de videoconferência, o prefeito relatou o susto durante o acidente com a aeronave e explicou como aconteceu a manobra para pousar a aeronave na zona rural.
“Susto foi imenso. Fui ontem ao Sertão e hoje pela manhã estava retornando de Sousa. Percebemos que o motor da aeronave estava perdendo força. O piloto fez toda tentativa de recuperação de potência, mas não ocorreu. A gente pensava em pousar em Guarabira, ou numa estrada, mas não surgiu essa oportunidade, até que nós vimos uma área que estava sendo cortado capim. Pousamos, o capim nos ajudou a frear a aeronave. Todos nós estamos bem e gratos a Deus. A fazenda fica entre Alagoa Grande e o distrito de Canafístula”, relatou o prefeito.
Cícero Lucena relata momentos de tensão em aeronave que fez pouso de emergência na PB
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De acordo com Cícero Lucena, a comitiva na aeronave estava há poucos minutos de pousar em João Pessoa e acabaram tendo que pousar forçadamente na zona rural de Alagoa Grande.
“Já estávamos com contato com a torre para pousar em João Pessoa, já estávamos a 10/15 minutos de João Pessoa. Depois de 1h de voo. E aconteceu essa falha do motor e nós tivemos que pousar na fazenda. Em Alagoa Grande, chegou um carro que vai buscar, foi acolhido por amigos da cidade. Um amigo de Cícero de João Pessoa ligou para um amigo na cidade para buscar o prefeito e os demais ocupantes da aeronave na estrada que liga Alagoa Grande para Alagoinha”, relatou Cícero Lucena.
Cícero Lucena estava na aeronave em um voo fretado. Agora, o prefeito irá voltar para a capital paraibana em um carro que irá buscá-lo, junto dos demais passageiros, em Alagoa Grande.
Aeronave que transportava Cícero Lucena sofre pane e faz pouso de emergência no Brejo da Paraíba
Janildo Silva/Secom-JP
Entenda o acidente com a aeronave
Aeronave que transportava Cícero Lucena sofre pane e faz pouso de emergência na PB
A aeronave que transportava o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (sem partido), precisou realizar um pouso de emergência na manhã deste sábado (27), na zona rural do município de Alagoa Grande, no Brejo da Paraíba.
De acordo com o secretário de Comunicação da Prefeitura de João Pessoa, Janildo Silva, a aeronave apresentou uma pane técnica durante o voo, o que levou à ação rápida do piloto para garantir a segurança de todos a bordo.
“Eles estavam retornando para João Pessoa e nesse momento estão em deslocamento pela zona rural, então pegaram um trator, uma carona em um trator, inclusive. A gente imagina que dentro de uma hora e meia, mais ou menos, eles devem pegar os carros que estão aguardando eles e voltar para João Pessoa”, explicou Janildo Silva à Rede Paraíba de Comunicação.
De acordo com a Secretaria de Comunicação de João Pessoa, estavam a bordo do avião o prefeito Cícero Lucena, os assessores Kauê Braga e Dudu Lins, e o piloto, Carlos Duarte, todos passando bem. Após o pouso de emergência, o grupo segue por uma área de mata utilizando um trator para se deslocar com segurança até uma via principal.
O prefeito cumpria agenda no interior do estado, como parte das articulações de sua pré-candidatura ao Governo da Paraíba em 2026.
Segundo os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave envolvida no acidente trata-se de um avião Neiva, modelo EMB-711C “Corisco”, de prefixo PT-NON, fabricado em 1977, com capacidade para três passageiros. Ela estava em situação normal de aeronavegabilidade e registrada para serviços aéreos privados. A Neiva, posteriormente, foi incorporada à Embraer.
Aeronave com Cícero Lucena faz pouso forçado
Ao g1, o piloto da aeronave, Carlos Duarte, disse que o avião apresentou perda de potência e ele precisou tomar uma decisão rápida para o pouso.
“Eu tive cerca de 3 a 4 minutos para tomar essa decisão e optei por fazer uma aterragem sem potência. Fiz isso conforme todas as orientações do manual da fabricante da aeronave, seguindo os checklists previstos para este tipo de pouso. Encontrei uma área com vegetação rasteira, fiz o pouso com sucesso, sem ferimentos em nenhuma pessoa dentro do avião. Tivemos apenas avarias no trem de pouso e na asa direita da aeronave”.
Carlos contou ainda que precisou fazer uma curva para a direita, após o pouso, para evitar atingir dois tratores, que trabalhavam no corte do capim da fazenda onde o pouso aconteceu.
“Quando eu percebi que o motor perdeu potência, eu tive cerca de dois minutos para inverter os tanques de combustível, como manda o manual, mas o motor continuou perdendo potência, ficando com uma média de 20%, o que é insuficiente para manter o voo, mas ajudou a manter a razão de descida e auxiliar no procedimento de planeio e aproximação para o pouso. Porém, quando eu escolhi o local de pouso, vi que haviam dois tratores no terreno, que era acidentado, então quando tocou o solo, já sabia que caso não desse para parar antes de chegar nos tratores e no fim do terreno, eu poderia virar à direita para onde tinha o capim mais alto, que acabou ajudando na frenagem do avião”, contou.
Em nota enviada à imprensa, a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), informou que já foi feita a coleta de informações e de dados da ocorrência, que vão ser investigados pelo órgão. A conclusão da investigação deve acontecer no menor prazo possível, dependendo da complexidade da ocorrência e da necessidade de se descobrir fatores contribuintes para o incidente.
O piloto ainda ressaltou que não houve “pane seca”, termo utilizado para definir queda de avião por falta de combustível, e destacou que o tanque estava cheio. O que ocorreu, segundo ele, foi uma obstrução na linha de admissão do combustível na aeronave. No entanto, a causa só deve ser esclarecida oficialmente após o relatório técnico do Cenipa.
“Então, com essa especulação de pane seca, que, para quem não conhece, é quando o cara cai sem combustível. Eu saí com tempo cheio. Tenho 15 anos de aviação, mais de 1.600 horas de voo. O motor do avião está lacrado e só será aberto em oficina de manutenção homologada para investigação com a presença do Cenipa que vai investigar qual foi a obstrução na linha de admissão do combustível”.
O Cenipa disse ainda que se pronuncia apenas por meio da publicação do relatório final da ocorrência, que tem o objetivo de contribuir para a prevenção de acidentes aeronáuticos, identificando fatores contribuintes relacionados à ocorrência, disseminando lições aprendidas por meio dos relatórios e, quando aplicáveis, por meio de recomendações de segurança.
Avião com prefeito Cícero Lucena faz pouso de emergência na Paraíba
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