Homem é morto a tiros em festa de família no ES
Um pintor de 32 anos morreu após ser baleado por um policial militar de folga, durante uma festa de aniversário em Vitória, na noite deste domingo (16). A vítima foi identificada como Fernando da Silva Santos. Segundo a polícia, o militar foi ouvido e liberado porque agiu em legítima defesa. A família da vítima contesta.
O policial que efetuou os disparos foi identificado como Weverson Dias Quedevez, de 23 anos. Os tiros atingiram o peito, braço, rosto e as costas do jovem.
O crime aconteceu na esquina da Rua 23 de Outubro, no bairro Grande Vitória, por volta das 22h. Horas antes, a vítima estava comemorando o aniversário de um tio junto à família.
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O pai de Fernando contou que o filho se desentendeu com um conhecido do bairro, que chegou sem ser chamado, e estava alterado, incomodando os convidados.
Pintor Fernando da Silva Santos foi morto a tiros por policial militar de folga, em Vitória
Reprodução/ Redes Sociais
Ainda segundo o pai, o bate-boca virou briga depois que o homem jogou cerveja no rosto de Fernando.
“Ele chegou, jogou um copo de cerveja na cara do meu menino, de graça, e foi embora”, afirmou o pai, que não será identificado.
O pai acredita que o policial foi chamado pelo homem que estava brigando com Fernando. “Com certeza ele deve ter chamado, eles moram perto. Foi chamar o guarda-costa dele”, completou.
Testemunhas no bairro confirmaram a versão do pai de que um homem invadiu a festa. Elas afirmaram ainda que foram as ameaças que fizeram Fernando ir até a esquina tirar satisfações.
Foi nesse momento que o policial viu a cena e se envolveu no caso.
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Pintor Fernando da Silva Santos foi morto a tiros por policial militar de folga, em Vitória
Reprodução/TV Gazeta
O que diz o Boletim de Ocorrência
De acordo com o Boletim de Ocorrência, o policial militar estava saindo da casa de um tio quando viu Fernando com uma arma em mãos.
Na versão do PM, ele disse que atirou porque Fernando não obedeceu à ordem para largar a arma e avançou em direção a ele.
Fernando foi atingido por quatro disparos: no peito, no braço, no rosto e nas costas. O boletim diz ainda que o próprio PM recolheu a arma do Fernando depois dos disparos, que seria uma arma falsa.
O caso foi registrado como legítima defesa.
Crime aconteceu no bairro Grande Vitória, em Vitória, no Espírito Santo
Reprodução/ TV Gazeta
O que diz a polícia
A Polícia Civil disse que Weverson foi ouvido e liberado porque os policiais entenderam que ele agiu em legítima defesa.
O caso segue sendo investigado. A reportagem da TV Gazeta questionou sobre a arma falsa que foi apreendida, mas a Polícia Militar informou que não tem imagem do material apreendido.
A Corregedoria da Polícia Militar disse que apura todas as denúncias que envolvem policiais militares, que têm ciência do caso e vai apurar a história.
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