PM e empresas de ônibus criam grupo para coibir uso de coletivos como barricadas no RJ


PM e empresas de ônibus discutem medidas para impedir uso de veículos como barricadas
A Polícia Militar e a representantes do sindicato de empresas de ônibus criaram um grupo de trabalho após uma reunião na segunda-feira (25) para definir medidas para aumentar a segurança para motoristas e passageiros de ônibus. Um levantamento do Rio Ônibus revela que já foram 100 ônibus usados como barricadas este ano.
Pelo menos 50 foram utilizados por criminosos como represália a operações policiais, como os 12 que foram usados no morro do Dendê, na Ilha do Governador.
Os participantes da reunião ventilaram a possibilidade de a PM monitorar as câmeras de segurança dos ônibus. Para isso ocorrer, no entanto, falta que todos os ônibus do Rio possuam câmeras internas.
As empresas de ônibus reforçaram que as câmeras que já funcionam nos coletivos atualmente serão disponibilizadas para a PM do Rio. A PM, por sua vez, informou que vai disponibilizar informações de inteligência para os motoristas de ônibus.
Rotina dos criminosos
PM e sindicato de empresas de ônibus se reúnem para combater uso de coletivos como barricadas no RJ
A estratégia do tráfico virou rotina como forma de represália a ações do estado.
Março foi o mês com maior número de registros de ônibus usados como barricadas: foram 25. O número caiu em maio e chegou a zerar em junho, mas bateu 22 em julho.
Boa parte dos números do mês passado foi na Avenida Edgard Romero, em Madureira, durante uma operação no Morro da Serrinha. Câmeras de segurança instaladas nos ônibus flagraram a ação dos bandidos.
PM e sindicato de empresas de ônibus se reúnem para combater uso de coletivos como barricadas no RJ
Reprodução/TV Globo
O caso mais recente aconteceu na semana passada, na Ilha do Governador, o que motivou a reunião desta segunda, que durou mais de uma hora.
A única decisão concreta tomada foi a criação de um grupo de trabalho para criar medidas que possam aumentar a segurança nos ônibus.
Uma das ideias é que a PM possa ter acesso às câmeras dos ônibus em tempo real para monitorar as viagens, mas nem todos os coletivos têm essa tecnologia.
“Todo aparato que nós temos será colocado à disposição da PM e eles vão fornecer para gente uma série de informações através do setor de inteligência e comunicação para que a gente possa agir de uma forma mais efetiva na hora das operações”, afirma o diretor de comunicação do Rio Ônibus, Paulo Valente.

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