PMs acusados de matar empresário em Mairinque vão a júri popular nesta quinta
O júri popular dos policiais militares acusados de matar o empresário Rinaldo Magalhães a tiros, em fevereiro de 2021, em Mairinque (SP), será realizado nesta quinta-feira (25). O julgamento havia sido inicialmente marcado para 20 de fevereiro deste ano, no entanto, foi adiado por uma série de motivos, incluindo documentos protocolados fora do prazo e a falta de testemunhas.
Segundo o Ministério Publico de São Paulo (MP-SP), os policiais são acusados de homicídio qualificado por utilizarem recursos que impossibilitaram a defesa da vítima. O caso aconteceu na casa da família, na beira da Represa de Itupararanga.
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Júri será realizado no Fórum de Mairinque (SP)
Letícia Paris/TV TEM
A morte de Rinaldo tem duas versões. Os familiares alegam que, quando Rinaldo abriu o portão da casa por estarem procurando por ele, cinco pessoas teriam invadido a residência, atirado contra o empresário e, depois, apontaram armas para todos os moradores.
Já os policiais afirmam que viram Rinaldo com uma arma dentro do próprio veículo e que, ao abordá-lo durante uma investigação envolvendo tráfico de drogas, ele teria atirado contra três agentes. Veja ambos os relatos nesta reportagem.
Além disso, cinco PMs já foram condenados em segunda instância, na Justiça Militar, por torturarem a esposa do empresário e invasão de domicílio. Cabe recurso.
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Arquivo Pessoal
Primeiro júri popular foi adiado
O primeiro júri popular estava previso para começar às 9h de 20 de fevereiro de 2025, no entanto, a sessão foi adiada por uma série de questões apuradas pela TV TEM. Veja abaixo:
Ausência de testemunha
No dia, uma testemunha decidiu se ausentar por um suposto problema de saúde. A acusação aceitou continuar com o julgamento, no entanto, os advogados dos policiais não concordaram.
O juiz responsável não aceitou a justificativa da testemunha que alegou problemas de saúde. À época, a TV TEM apurou que ela seria multada por não comparecer à sessão.
Documentos fora do prazo
Os advogados de defesa alegaram que o MP-SP anexou documentos, informações e perícias fora do prazo legal estipulado, que, na época, era de três dias.
A defesa dos acusados informou que soube das quase 200 novas páginas do processo na véspera do julgamento e que, por causa disso, não teria tempo hábil para analisá-las.
Já o advogado da vítima informou ao juiz que os novos documentos foram anexados no dia 14 de fevereiro, seis dias antes do primeiro júri.
Tempo de defesa
A defesa não concordou com o tempo estimado para cada um dos advogados, que era de 37 minutos.
Ainda de acordo com a apuração da TV TEM, houve a sugestão de desmembrar o julgamento, porém o Judiciário informou que isso seria prejudicial, uma vez que a acusação é uma ação conjunta dos envolvidos.
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