A Polícia Federal prendeu 15 suspeitos numa operação contra a mineração ilegal em MG
A Polícia Federal prendeu 15 suspeitos de mineração ilegal em Minas Gerais.
Os policiais estiveram em 55 endereços no estado e apreenderam documentos e equipamentos eletrônicos. Além de Minas Gerais, a Justiça expediu mandados de busca, apreensão e prisão no Rio de Janeiro; na sede da Agência Nacional de Mineração, no Distrito Federal; e uma casa, em Alagoas, que é do empresário Alan Cavalcante Nascimento, preso, suspeito de ser o chefe do esquema.
A investigação identificou que empresas extraíam minério de ferro de forma ilegal em áreas de preservação ambiental e protegidas pelo patrimônio histórico. Para conseguir as licenças, pagavam propina a servidores públicos.
Entre os presos, Caio Mario Trivellato Seabra Filho, diretor da Agência Nacional de Mineração; o delegado federal Rodrigo de Melo Teixeira, que estava cedido à Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – um órgão federal; e servidores de órgãos ambientais do governo de Minas Gerais.
Em nota, a Agência Nacional de Mineração (ANM) disse que não foi notificada da operação e reafirmou o compromisso com a legalidade e a colaboração com as autoridades. O governo mineiro afirmou que já afastou dois servidores e abriu processo administrativo contra os envolvidos.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1, 5 milhão dos suspeitos.
“A estimativa consolidada dessas explorações que foram obtidas essas autorizações através de corrupção, poderíamos chegar a mais de R$ 18 bilhões em exploração ilegal, isso é muito grave”, disse Humberto Freire, diretor da Amazônia e Meio Ambiente da PF.
O Jornal Nacional não conseguiu contato com as defesas de Caio Mario Seabra Filho, Rodrigo de Melo Teixeira e Alan Cavalcante do Nascimento.
A Polícia Federal prendeu 15 suspeitos numa operação contra a mineração ilegal em MG
Reprodução/TV Globo