
Suspeita de arrastão em prédio de luxo em Ribeirão Preto pode estar morta, diz delegado
Parte da quadrilha investigada por roubar R$ 4 milhões em um arrastão a um condomínio de alto padrão em Ribeirão Preto (SP) pode estar envolvida em assaltos similares na região.
De acordo com o delegado José Carvalho de Araújo Junior, um dos casos é o de uma família que foi rendida por ladrões que levaram todas as peças do cofre da casa. Semanas depois, a dona da coleção viu os itens roubados sendo vendidos em um programa de TV.
“Nós temos fortes indícios de que algumas pessoas desta quadrilha participaram daquele roubo também no bairro da Ribeirânia. Isso está sendo provado nos dois inquéritos e, com certeza, houve sim envolvimento de pessoas tanto em um caso quanto no outro”.
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Na ocasião, três homens cortaram uma cerca e invadiram uma casa, onde estavam quatro pessoas — um casal de idosos, o filho e uma funcionária.
Foram levadas cerca de 300 peças e oito relógios da marca Rolex, incluindo um colar de ouro e diamantes com símbolo do Espírito Santo, comprado há mais de 20 anos.
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A surpresa quando a esposa da vítima reconheceu o colar sendo vendido ao vivo no programa “Mil e Uma Noites”, especializado em joias. A família passou a acompanhar a programação e identificou outras peças roubadas sendo comercializadas.
Com base nas evidências, a Polícia Civil foi até a sede da empresa em Curitiba (PR), onde encontrou mais joias roubadas.
A polícia prendeu um homem apontado como receptador das joias roubadas e outro, reconhecido pelas vítimas como um dos autores do roubo.
Esquema de roubo de joias envolvia até TV
Fantástico/Reprodução
Em setembro, seis apartamentos de um prédio de luxo no Centro de Ribeirão Preto foram alvo da quadrilha. Os criminosos alugaram um imóvel no local semanas antes e, no dia do crime, renderam funcionários e moradores. Alguns deles estavam utilizando perucas como disfarce.
Até o momento, segundo o delegado, foram recuperados mais de R$ 100 mil em dinheiro, além de algumas joias e outros objetos. Catorze pessoas estão presas por suspeita de envolvimento no roubo.
“Tudo já foi avaliado e, em breve, vai ser finalizado e aí vamos ter o valor total de tudo aquilo que foi recuperado. O trabalho da equipe de investigações da DIG foi muito eficiente. Eles tiveram uma dedicação exclusiva nesse caso, que fez com que, em poucos dias, quase todos fossem identificados e presos”.
Júlia Moretti de Paula, de 21 anos, apontada como a responsável por alugar o apartamento para o crime, ainda não foi localizada. À EPTV, afiliada da TV Globo, Araújo informou que investiga, inclusive, a possibilidade de ela estar morta.
Além dela, outras duas pessoas também são consideradas foragidas. Uma delas é uma mulher que participou da receptação das joias roubadas e fez o pagamento das peças à quadrilha.
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