PF prende policial rodoviário e empresários por esquema de propina para não pagamento de taxas ao Detran no RS
Polícia Federal/Divulgação
A Polícia Federal (PF) prendeu temporariamente, durante operação nesta terça-feira (9), um policial rodoviário e dois empresários envolvidos em um esquema de propina para não pagamento de taxas ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Sul.
Conforme a PF, o valor movimentado em propinas chega a R$ 240 mil nos últimos quatro anos, entre agosto de 2021 e agosto de 2025. O prejuízo ao Detran neste mesmo período é estimado em R$ 1 milhão.
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O delegado Diego Gallo, responsável pela investigação, explica que o esquema funcionava desta forma: em vez de repassar as taxas decorrentes do recolhimento de um veículo ao Detran, os donos dos depósitos embolsavam os valores e dividiam o dinheiro com policiais rodoviários, que não cumpriam as suas funções de fiscalização e não registravam o caso.
A PF identificou que os investigados pelo esquema realizaram mais de 1,3 mil remoções entre 2021 e 2025.
A operação policial cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça em nove endereços, incluindo um posto da PRF e imóveis ligados aos suspeitos. A PF não divulgou, mas o g1 apurou que os locais ficam em Montenegro e Nova Santa Rita.
Em um desses locais, um motorista de caminhão foi preso por estar em posse de armas de fogo sem registro. Houve, ainda, o sequestro de quatro veículos e o bloqueio de contas bancárias ligadas ao grupo.
Além do policial rodoviário preso, há outro policial suspeito de participação no esquema. Detalhes sobre ele não foram divulgados pela PF.
A Justiça determinou, ainda, o afastamento do policial rodoviário preso do cargo público e a proibição de que os depósitos investigados firmem contrato com o Detran.
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