Posto de combustíveis de São João del Rei pertence a alvo de megaoperação contra o PCC


Entenda a megaoperação que mira esquema bilionário do PCC
Um posto de combustíveis “bandeira branca” de São João del Rei pertence a um dos alvos da Operação Carbono Oculto, a maior já realizada contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao todo, pelo menos 251 postos de combustíveis estão ligados a 16 alvos da operação, em quatro estados. O posto do Campo das Vertentes é o único investigado em Minas Gerais.
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Conforme informações que constam na Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), plataforma do governo federal, o posto foi fundado em 1970 e hoje tem como administrador Guilherme da Silva Oliveira. No quadro societário consta uma sociedade anônima que atua como holding de instituições não-financeiras, com sede em São Paulo, fundada em fevereiro de 2023 e representada por Guilherme.
Na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) o Posto São Sebastião Ltda. também consta como pertencente ao investigado. A reportagem tentou contato com o estabelecimento comercial, mas as ligações não foram completadas.
Consulta de empresa alvo de megaoperação contra o PCC
Reprodução/Redesim
Além do posto em São João del Rei, outros 37 postos, localizados no estado de São Paulo, pertencem ao investigado.
O g1 não localizou a defesa de Oliveira.
Dono de posto em São João del Rei seria ‘testa de ferro’ de integrante do PCC
Posto em São João del Rei pertence a alvo de megaoperação contra o PCC
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Conforme apurado pelo g1, Guilherme Oliveira é citado como “testa de ferro” do grupo de Mohamad Hussein Mourad, apontado pela Justiça de São Paulo como figura central do esquema do PCC, que segundo os investigadores, teria “ramificações em múltiplos estados, praticando crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, fraudes tributárias e estelionato em operações que superam a cifra de R$ 8,4 bilhões”. Suas ações na facção vão além do ramo de combustíveis.
Guilherme Oliveira aparece em um esquema de transferência fraudulenta de postos e está vinculado à Rede Boxter, também já investigada na Operação Rei do Crime por conexões com o PCC.
Operação Carbono Oculto
Em agosto deste ano, uma força-tarefa nacional com cerca de 1.400 agentes cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão em oito estados para desarticular um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, comandado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A megaoperação, batizada de Carbono Oculto, é considerada a maior operação da história do Brasil contra o crime organizado. O grupo sonegou mais de R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais, segundo autoridades da Fazenda de SP.
As investigações revelaram que o grupo criminoso atuava na importação irregular de produtos químicos para adulterar os combustíveis. As irregularidades foram identificadas em diversas etapas do processo de produção e distribuição de gasolina e etanol no país.
A Receita Federal também identificou ao menos 40 fundos de investimentos, com patrimônio de R$ 30 bilhões, controlados pelo PCC. Segundo o órgão, as operações aconteciam justamente no mercado financeiro de São Paulo, por meio de membros infiltrados na Avenida Faria Lima.
Infográfico: Como funcionava o esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis
Arte/g1
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