Prefeito de Pedro do Rosário, Toca Serra
Arquivo pessoal
O prefeito de Pedro do Rosário, a cerca de 341 km de São Luís, usou o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como justificativa para não cumprir um acordo de pagamento de salários feito há três meses.
A manifestação do prefeito aconteceu por meio de um comunicado entregue ao Sindicato dos Funcionários Públicos de Pedro do Rosário, no final do mês de julho, referente a um pedido de pagamento de funcionários feito em maio deste ano.
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O sindicato alega que tem direito a progressões, promoções e quinquênios. O acordo com a prefeitura era que os funcionários começariam a receber os direitos a partir de agosto, o que não foi cumprido.
“Como cediço, o Presidente TRUMP determinou tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados ao EUA. Considerando ainda a possibilidade de queda da arrecadação federal e a diminuição nos valores dos repasses aos funcionários, a municipalidade, por prudência, entendeu por adiar o pagamento do retroativo dos servidores até que melhore o cenário internacional”, diz o comunicado da prefeitura.
O sindicato contestou, afirmando que o compromisso da prefeitura vinha desde 2023 e não aceita a justificativa. A Prefeitura de Pedro Rosário reafirmou o que já havia falado no comunicado aos servidores.
A assinatura das tarifas contra o Brasil aconteceu no dia 30 de julho, impondo uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. A medida entrou em vigor na última quarta-feira (6), porém com uma longa lista de exceções como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos.
Segundo a Casa Branca, o decreto foi adotado em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
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