Projeto ambiental resgata 600 animais silvestres entre Amapá e Ceará


Tartaruga-verde é encontrada viva em praia do Goiabal e devolvida ao mar
Pelo menos 600 animais silvestres foram atendidos dentro de um ano por meio de um projeto ambiental que percorre praias e rios da Margem Equatorial, entre a Região Norte, no Amapá e Nordeste, no Ceará.
Projeto monitora vida animal costeira
Divulgação/PCMC
A iniciativa é parte do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC), exigido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como parte do licenciamento ambiental de uma pesquisa sísmica marítima.
Tartaruga-verde é resgatada e devolvida ao mar na praia do Goiabal, na costa do Amapá
Claudia Funi/PCMC
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Ao todo, foram monitorados 8.537 km de praias — do Amapá até a divisa do Piauí com o Ceará — e 1.911 km de rios, igarapés e áreas de difícil acesso, com apoio de embarcações.
Durante esse período, cerca de dois animais foram atendidos por dia, incluindo:
Aves,
Tartarugas;
Peixes-boi;
Baleias;
Golfinhos.
O projeto permite registrar ocorrências, identificar padrões de encalhe, agir rapidamente em situações de risco e encaminhar animais debilitados para reabilitação e soltura.
Peixe-boi é resgatado em comunidade riberinha
José Eduardo Lima/PCMC-AP
Monitoramento e comunidades
O biólogo Flávio Lima, coordenador do PCMC e do Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM), disse que o monitoramento ajudou a entender a fauna marinha e os encalhes em praias isoladas, como Goiabal (AP), Reentrâncias do Pará e Maranhão, Lençóis Maranhenses e litoral do Piauí.
“Isso possibilitou a aquisição de dados importantíssimos para a gestão e conservação das espécies dessas áreas”, disse.
Pesquisadores coletam amostras de cachalote-pigmeu na praia do Goiabalinho, em Calçoene, no Amapá
José Eduardo Lima/PCMC-AP
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A coordenadora do PCMC no Amapá e do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Cláudia Funi, explicou que o projeto aprofunda o conhecimento ambiental e fortalece o vínculo com as comunidades.
“A ação também tem servido como espaço de formação de recursos humanos, habilitando membros da equipe para resgate, identificação e necropsia de animais marinhos”, disse Cláudia.
O Iepa é responsável pelo monitoramento em todo o litoral do Amapá até o norte da Ilha do Marajó.
O projeto viabilizou a criação de estruturas permanentes para atendimento à fauna, como um centro de reabilitação de animais marinhos no Pará e um semi-cativeiro para peixes-boi na Ilha do Marajó. Segundo o Ibama, essas iniciativas aceleram a devolução dos animais à natureza e evitam superlotação.
Além do monitoramento, é promovido o estudo, educação ambiental e capacitação de profissionais e comunidades.
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José Eduardo Lima/ PCMC-AP
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