Quem é ‘Pato Donald’, o chefe de tráfico internacional de drogas
Uma operação da Polícia Federal revelou uma sofisticada rede de tráfico internacional de drogas que operava entre a Bolívia, o Brasil e países da Europa. Fernando Cavalcante Ribeiro, conhecido como “Pato Donald”, é apontado como o chefe da quadrilha.
Segundo as investigações, Fernando controlava a produção de cocaína na Bolívia e negociava diretamente com compradores europeus.
Outro nome envolvido é de Alexandre Constantino Furtado, presidente da escola de samba Império de Casa Verde e vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo. Ele era considerado o número dois do grupo, participando das tratativas de envio.
Já João Carlos Camisa Nova Júnior, o “Don Coleone”, era responsável pelo envio para países europeus, especialmente, para a Holanda, um com conexões bem próximas ao PCC.
Quem é ‘Pato Donald’, o chefe de tráfico internacional em que atuava o presidente da Império de Casa Verde
Reprodução/TV Globo
Fantástico revela áudios exclusivos de operação que prendeu presidente da Império de Casa Verde
Operação internacional
A investigação começou há quatro anos, após a apreensão de 458 quilos de cocaína escondidos em contêineres de quartzo no porto de Vila do Conde, no Pará. De acordo com a PF, a droga era produzida na Bolívia, levada até Sorocaba (SP) e, em seguida, transportada por avião até Belém, de onde seguia para a Europa.
Áudios obtidos pela polícia mostram as negociações entre os integrantes do grupo. Em uma das mensagens, “Pato Donald” reclama da falta de provas do embarque da droga, o que poderia comprometer o pagamento pelos compradores estrangeiros.
Lavagem de dinheiro
Relatórios financeiros levantaram a suspeita de que parte dos valores movimentados pela quadrilha foi lavada por meio da escola de samba. A PF identificou transações entre empresas ligadas a Alexandre Furtado e contas da Império de Casa Verde.
Durante a operação, foram cumpridos 16 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão em cinco estados. Bens e valores dos investigados, que somam R$ 291 milhões, foram bloqueados pela Justiça.
Outro lado
O advogado de Fernando Cavalcanti Ribeiro nega que ele tenha qualquer envolvimento com o esquema.
A defesa de Alexandre Constantino Furtado alega que não há prova técnica de que as mensagens sejam dele e diz que todos os valores recebidos pela escola de samba têm origem comprovada.
O Fantástico não conseguiu contato com o advogado de João Carlos Camisa Nova Júnior.
Em nota, a Império de Casa Verde afirmou que ainda não há confirmação oficial sobre o teor da ação. Já a Liga das Escolas de Samba de São Paulo declarou, em publicação na internet, manter compromisso com transparência e integridade institucional.
Veja a reportagem completa no vídeo abaixo:
Tem droga no samba. Investigação aponta participação do presidente da escola Império de Casa Verde em quadrilha internacional de tráfico
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