No clássico bairro paulistano do Brás de antigamente, o comércio se fazia no olho a olho e na confiança. Era escambo (troca entre mercadorias). Quando não, era fiado, pagava-se quando recebia. Era palavra empenhada. Vender e comprar não eram só uma transação: eram um pacto de confiança.
Foi nesse ambiente, em que a cordialidade era tão valiosa quanto a mercadoria, que começou a história da minha família -muito antes da Casa Flora ganhar esse nome. Meu avô, Antônio Pereira Carvalhal, o Totonho, trazia queijos da Fábrica Flora, em Três Corações, no sul de Minas Gerais, para abastecer São Paulo. Criou a Casa da Mussarela, onde se vendia fiado, se ouvia com respeito e se firmavam laços duradouros. Com serenidade, ele mostrou que fazer comércio era, antes de tudo, valorizar relações.
Leia mais (09/11/2025 – 18h34)