Celular furtado; celular roubado; furto de celular
Jeferson Carlos/G1
O roubo e furto de celulares atingiram o maior patamar da série histórica na cidade do Rio de Janeiro esse ano. Entre janeiro e agosto de 2025, foram registrados 36.158 casos, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). A média é de 148 ocorrências por dia, o equivalente a um celular levado a cada dez minutos.
O número representa um recorde desde o início da série histórica, em 2003. Só os roubos somaram 11.936 casos, mais que o dobro do registrado há dez anos. Já os furtos — quando não há violência ou grave ameaça — chegaram a 24.222 registros, quase três vezes mais que em 2015.
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Crimes em qualquer hora e lugar
Os casos se espalham por todas as regiões da cidade e acontecem em diferentes circunstâncias: em bares, ruas movimentadas, dentro de ônibus, lavanderias e até em frente a batalhões da polícia e do Exército. Na Tijuca, a estudante Beatriz Bernardes foi assaltada em plena luz do dia.
“Era 13h da tarde. Ele entrou na contramão e pegou meu celular, que tinha só 20 dias. Não tem mais segurança por aqui”, reclamou.
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A aposentada Regina Bernardes contou que já presenciou diversos assaltos e mudou seus hábitos para tentar evitar os riscos.
“Eu ando com o celular mudo, dentro da roupa, escondido na bolsa. Não atendo na rua de jeito nenhum”.
“Um amigo me avisou que tinha gente correndo para pegar celular. Eu segurei o meu, quase perdi. A gente não tem nosso direito a andar com celular na mão. Temos que lidar com isso”, analisou o professor Wesley Bonfante, que foi vítima em Copacabana.
Criminosos exigem senhas e usam disfarces
Em alguns casos, os criminosos exigem a senha do aparelho durante o assalto. Na Freguesia, um casal foi abordado por um homem em uma moto que, além de levar o celular, pediu o desbloqueio.
Em Ipanema e no Flamengo, bandidos se passaram por entregadores para surpreender as vítimas. Já no Méier, três motoristas foram assaltados no sinal antes das 8h da manhã.
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A estudante Juliana Sabina foi assaltada na Tijuca, a poucos metros de um batalhão do Exército.
“Foi muito rápido. Eles disseram que estavam com faca, mas eu não vi. A gente não quis arriscar. Agora não ando sem seguro”, comentou.
O que diz a PM
Em nota, a Polícia Militar afirmou que mantém atuação permanente no enfrentamento ao roubo de celulares, com patrulhamento ostensivo, abordagens em áreas estratégicas, uso de tecnologia e operações conjuntas com outras forças.
A corporação afirmou ainda que o trabalho integrado entre batalhões é fundamental para localizar criminosos.
Já a Polícia Civil informou que desde maio realiza a Operação Rastreio, voltada para combater toda a cadeia criminosa envolvida na subtração e receptação de celulares. Mais de 5.500 aparelhos foram recuperados e 350 criminosos presos.