Carteira de trabalho
Jonathan Lins
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) criou 2,7 mil vagas de emprego com carteira assinada em agosto. Serviços e comércio puxaram a abertura de vagas, enquanto a construção fechou postos de trabalho.
📊 Os dados são do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta segunda-feira (29).
Das 20 cidades que formam a RMC, Sumaré foi a que registrou o maior saldo no período, com 793 contratações a mais do que desligamentos, com destaque para o setor de serviços, que criou 831 postos (a cidade perdeu vagas em agropecuário e indústria no mês).
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Maior cidade da RMC, com 1,1 milhão de habitantes, Campinas fechou agosto com saldo de 533 postos de trabalho formal. Apesar de positivo, o número é 70,7% menor que o registrado no mesmo mês de 2024, quando a metrópole gerou 1.822 vagas.
Assim como na região, serviços (463) e comércio (123) puxaram o número de vagas abertas em Campinas. O setor da construção, que vem aquecido nos últimos anos, teve 10 desligamentos a mais do que contratações em agosto.
Segundo a economista Eliane Navarro Rosandiski, professora da PUC-Campinas, essa queda no setor é considerada normal, uma vez que “os canteiros de obras já estão montados”.
📉Perda de vagas
Em cinco das 20 cidades da RMC o mês de agosto foi de mais desligamentos do que contratações.
Em Indaiatuba (SP), o saldo no mês foi de 321 vagas a menos, sendo que serviços (-432) e indústria (-103) foram as que mais fecharam postos de trabalho – já o comércio abriu 151 vagas.
Com perdas expressivas na construção (-603), Paulínia fechou agosto com saldo negativo de 317 postos de trabalho com carteira assinada. As perdas foram menores pela abertura de 348 vagas em serviços em agosto.
Cidades com saldo negativo em agosto
Indaiatuba (SP): -321
Paulínia (SP): -317
Valinhos (SP): -73
Pedreira (SP): -26
Morungaba (SP): -6
Campinas
Os números de agosto em Campinas mostram um desempenho inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Indústria e construção que abriram vagas em 2024, neste ano tiveram mais desligamentos que admissões.
Já o setor de serviços, que concentra a maior parcela do estoque de empregos na metrópole (seis de cada 10 vagas formais é em serviços), contratou menos em agosto – veja gráfico abaixo.
Perfil
👷👷♀️ Dos 533 postos criados em agosto na metrópole, a maior parcela envolve trabalhadores com idade entre 17 e 24 anos, sendo que houve perda de vagas entre homens (-30), e saldo positivo entre as mulheres (563 vagas).
Quanto a escolaridade, trabalhadores com ensino médio incompleto representaram a maior parcela do saldo no mês em Campinas com 355 vagas.
Saldo de vagas por escolaridade em Campinas – agosto/2025
Analfabeto: -3
Fundamental incompleto: 13
Fundamental completo: -93
Médio incompleto: 355
Médio completo: 210
Superior incompleto: 5
Superior completo: 46
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