Sociedade Brasileira de Cardiologia reduz meta de tolerância para colesterol ruim


Sociedade Brasileira de Cardiologia reduz meta de tolerância para colesterol ruim
Reprodução/TV Globo
A Sociedade Brasileira de Cardiologia mudou as metas de tolerância para o LDL, o colesterol ruim.
A aposentada Rosane Matos teve infarto e depois AVC. No Hospital das Clínicas da UFMG, em Belo Horizonte, faz reabilitação cardiovascular e já está colhendo frutos.
“Eu não aguentava conversar com você que eu estou conversando assim. Só respirando… Hoje, eu estou bem melhor, graças a Deus. Eu falo para as meninas que eu estou assim 90% boa mesmo”, conta Rosane.
Outra meta é baixar o colesterol.
“A gente precisa manter a metade do prato sempre de legumes e verduras porque eles são ricos em fibras, e isso vai auxiliar muito nesses novos hábitos alimentares para a gente reduzir os níveis de colesterol. Ela chegou com o colesterol ali por volta dos 70, 75. A gente já conseguiu uma redução desse colesterol para a faixa de 50. Mas a nossa meta é que ele fique abaixo dos 40”, diz Luciana de Abreu Silva, nutricionista pesquisadora da Escola de Enfermagem da UFMG.
Esses índices da Rosane são de um dos tipos de colesterol que a gente tem no corpo: o LDL, o chamado colesterol ruim. Para quem tem dificuldade de controlar o LDL, com o passar do tempo, ele vai se acumulando e formando placas de gordura nas paredes das artérias. Essas placas vão aumentando até que obstruem a passagem de sangue, causando o infarto do miocárdio – quando isso acontece no coração – ou o AVC – se for no cérebro.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia reduziu o índice de tolerância do colesterol ruim. Para ser considerado controlado, a meta antes era de que o LDL ficasse em até 130. Agora, passou para 115. Em casos mais graves, quando a pessoa já teve mais de um problema cardiovascular, como AVC e infarto, a recomendação é ainda mais rigorosa: o colesterol ruim máximo, que era de até 50, passou para até 40.
Um dos autores do estudo, o cardiologista Kleisson Maia, lembra que a meta do colesterol LDL varia de acordo com o risco cardiovascular de cada paciente, que é determinado em avaliação médica.
“A gente tem paciente de risco baixo, de risco intermediário, risco alto, muito alto e agora uma nova classificação de risco extremo. Essa mudança tem como objetivo a gente ser mais assertivo no controle do colesterol e, com isso, reduzir o risco de eventos cardiovasculares importantes como infarto, AVC, cirurgias de revascularização, doença arterial periférica, doença das pernas, entupimento das artérias dos membros inferiores”, explica Kleisson Maia, diretor da Sociedade Mineira de Cardiologia.
Dona Rosane não vê a hora de voltar para casa.
“Agora eu já estou bem mais forte, eu já consigo subir uma escada pequena, eu não consegui eu já consigo subir o morro pequeno, né? E aí no fim do mês eu vou ter alta. Graças a Deus né? Então assim é maravilhoso”.
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