Suspeita de mandar matar jovem em Sepetiba fez bariátrica antes do crime
Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 21 anos, suspeita de mandar matar Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 25, em Sepetiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro, afirmou em depoimento à polícia que realizou uma cirurgia bariátrica no dia 12 de agosto, cerca de 3 meses antes do crime.
A cirurgia, segundo ela, foi feita pouco depois de perder o emprego.
No depoimento, prestado inicialmente na condição de testemunha, Gabrielle disse que havia sido dispensada do trabalho como gerente comercial e que recebia cerca de R$ 3 mil por mês. Também relatou que o companheiro, Lucas Soares Ramos — ex-namorado de Laís e pai da filha mais velha dela —, trabalhava como promotor de vendas de seguro veicular, com salário de R$ 1,8 mil mais comissões.
Gabrielle é apontada pela Delegacia de Homicídios da Capital como mandante do assassinato de Laís, ocorrido no dia 4. Segundo as investigações, o crime teria sido motivado por uma disputa pela guarda da filha da vítima, Alice, de 4 anos.
Laís foi morta com um tiro na nuca enquanto empurrava o carrinho do filho mais novo, de 1 ano e 8 meses, na Travessa Santa Vitória, em Sepetiba. O bebê não ficou ferido.
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Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário é procurada por ser mandante de homicídio de mulher em Sepetiba
Reprodução
Foragida
Gabrielle está foragida. O Disque Denúncia divulgou 2 cartazes com fotos da suspeita — um deles com o visual modificado, em que ela aparece morena e sem óculos. Os investigadores acreditam que ela tenha mudado a aparência para dificultar a prisão.
Nesta sexta-feira (14), a polícia prendeu Ingrid Luiza da Silva Marques, apontada como intermediária entre Gabrielle e os dois executores do crime.
Os 2 homens contratados, Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto, foram presos e confessaram participação. Segundo os investigadores, Gabrielle teria oferecido cerca de R$ 20 mil pelo assassinato.
Cartazes de Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário
Divulgação/Disque Denúncia
Troca de mensagens antes do crime
A polícia identificou trocas de mensagens entre Gabrielle e Laís pouco antes do assassinato. Nos diálogos, a suspeita perguntava onde a vítima estava e para onde iria. Poucos minutos depois da conversa, Laís foi morta.
Os investigadores apontam que a comunicação pode ter servido para monitorar os passos da vítima e repassar informações aos executores.
Gabrielle é considerada pela polícia uma pessoa controladora e possessiva em relação à filha de Laís. Depoimentos de familiares e amigos da vítima indicam que ela exigia ser chamada de “mãe” pela enteada e que tinha comportamento de “obsessão” em relação à criança.
A Delegacia de Homicídios da Capital segue as buscas para localizar Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário e apurar se houve participação de outros intermediários no crime.
Laís Pereira morreu em Sepetiba aos 25 anos de idade
Reprodução