Por que acreditamos que é preciso ser fiel à dor e permanecer numa vida esvaziada de afeto, sentido e recomeços para honrar a profundidade de um amor vivido? Ainda operamos sob uma lógica perversa: somos chamados a reconstruir a vida e buscar novos encontros, mas, ao mesmo tempo, punidos e vigiados por fazê-lo. Como se uma espécie de moral religiosa ainda operasse em nós, mesmo nos mais ateus. Talvez esse “deus” seja o superego, com sua necessidade de vigiar e controlar não apenas o próprio gozo, mas também o gozo alheio.
Leia mais (09/10/2025 – 19h00)