Tragédia em escola reacende alerta sobre segurança de móveis infantis: o que pode evitar novos acidentes

Menina de 4 anos morre em escola do Piauí
Uma tragédia em Teresina (PI) transformou o mês de agosto em um período de dor profunda para uma família. Alice, de 4 anos, morreu após uma penteadeira cair sobre ela dentro da escola onde estudava.
O acidente aconteceu no dia 5 de agosto, durante uma comemoração de aniversário na brinquedoteca do colégio. Alice brincava com o irmão gêmeo, Arthur, e outras crianças, sob supervisão de uma funcionária. Imagens de segurança mostram o momento em que a menina se deita no chão e o móvel, não fixado à parede, tomba sobre ela.
A escola acionou o socorro, mas Alice não resistiu. Os pais relatam que não foram autorizados a acompanhar a filha na ambulância. Ao chegarem à UPA, descobriram que a menina já estava sem vida. “Entregamos uma filha viva e recebemos uma filha morta”, disse o pai, emocionado.
A penteadeira e outro móvel foram periciados. Nenhum dos dois estava preso à parede. A direção da escola afirmou que o item era usado de forma móvel e nunca tinha registro de incidentes. A Polícia Civil do Piauí abriu inquérito para investigar as circunstâncias da morte.
Como evitar acidentes em casa ou na escola
Especialistas alertam para os riscos de móveis soltos em ambientes escolares. A arquiteta Flávia Lima, convidada pelo Fantástico, explicou que móveis devem ser pesados o suficiente para não tombar, fixados ou leves a ponto de não causar ferimentos.
“É sempre importante a gente pensar que a criança não vai usar o brinquedo da forma que a gente espera, né? ela vai entrar aqui e vai escalar as prateleiras, ela vai entrar e se esconder”, afirmou.
A escola anunciou mudanças. Reviu protocolos, retirou móveis soltos e prometeu criar um comitê de segurança com participação de pais e especialistas. Apesar disso, a equipe do Fantástico não recebeu autorização para registrar as alterações.
O Ministério da Educação informou que a escola está em situação regular de funcionamento e acompanha o caso. A mãe de Alice defendeu que, mais do que leis, é preciso criar uma cultura do cuidado.
“Não preciso de lei para cuidar de alguém. Eu sei que a lei é necessária, mas se não houver a boa vontade, o interesse, a cultura do cuidado, não adianta de nada”, disse.
A dor da família foi agravada pela falta de comunicação. O pai recebeu a notícia por uma professora que estava deixando o colégio. “Isso poderia ter acontecido com qualquer criança”, lamentou. O irmão gêmeo de Alice presenciou o acidente e recebe apoio psicológico.
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