O comentário do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a trajetória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi classificado pela comitiva brasileira após o encontro como um fato muito positivo.
Trump se mostrou informado sobre a carreira política de Lula, as duas vezes em que foi eleito, depois a prisão — o americano quis saber quantos dias o brasileiro passou atrás das grades — e a vitória para um terceiro mandato.
Na visão de assessores de Lula, houve uma empatia de Trump, por reconhecer que os dois sofreram processos parecidos na Justiça e deram a volta por cima.
Trump chegou a afirmar que Lula foi “perseguido”, algo que ele costuma usar para Bolsonaro, o que repetiu na conversa pública.
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Ao ser perguntado sobre Bolsonaro, Trump voltou a dizer que “sempre gostei dele”, acrescentando que sente “muito pelo que aconteceu com ele, sempre achei que ele era um cara franco, mas ele passou por muita coisa, passou por muita coisa”.
Na parte reservada, Lula disse que, no julgamento de Bolsonaro, todo o devido processo legal foi respeitado.
Em entrevista, o chanceler Mauro Vieira tocou no tempo: “Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, já tendo sido duas vezes presidente da República, tendo sido perseguido no Brasil, se recuperado, provado sua inocência, voltado a se apresentar e, vitoriosamente, conquistado o terceiro mandato”.
O presidente do PT, Edinho Silva, classificou essa parte das conversas como “uma importante vitória política” de Lula no encontro. O reconhecimento que Lula foi perseguido e deu a volta por cima, respeitando as leis brasileiras.
Já Bolsonaro, busca escapar de uma condenação antes mesmo de cumprir a pena, uma história bem diferente a de Lula, ressalta Edinho Silva.
Na avaliação da equipe de Lula, ao tomar conhecimento da trajetória do brasileiro, Donald Trump percebeu que o presidente do Brasil não é um “algoz” de Bolsonaro como tentou vender o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
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Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falam a jornalistas antes de reunião em Kuala Lumpur.
Evelyn Hockstein/Reuters